Lula na Bahia: Presidente participa de comemorações pelo Dia da África
Diante do auditório lotado, no Teatro Castro Alves, em Salvador, o presidente Luis Inácio Lula da Silva discursou sobre a importância da herança africana na formação do povo brasileiro em cerimônia de lançamento da participação do Brasil no III Festival M
Publicado 26/05/2009 08:43 | Editado 04/03/2020 16:20
Além de ser homenageado na terceira edição do Fesman, o Brasil integra a comissão organizadora e é responsável pela coordenação dos demais países da América Latina. “É a prova de que voltamos a nos reconhecer como povos unidos pela história e com objetivos comuns”, afirmou o presidente. O país é a primeira nação em população negra fora do continente africano, ficando atrás somente da Nigéria. “A África não está presente só na cor da pele, usos e costumes; mas na alma de cada um de nós. Fundamental no passado, construiu o nosso presente e estará cada vez mais forte no futuro”, arrematou Lula.
A participação brasileira, inclusive, foi destacada pelo presidente senegalês como fundamental para dar visibilidade ao Fesman. Em seu discurso, Abdoulaye Wade também frisou a relevância e o significado do evento para a nação africana: “Não será só o momento de expressões artísticas, mas do nosso vasto patrimônio cultural e da consolidação da contribuição dos povos negros para a civilização”. “Muito mais que um espetáculo artístico, o Fesman é a celebração da solidariedade de povos que lutam pelo estabelecimento da igualdade e da democracia em cada um dos seus países”, reforçou Jaques Wagner, cicerone das festividades na noite desta segunda-feira (25/05), na capital baiana.
Capoeira
O evento, comemorativo ao Dia Internacional da África, foi marcado também pelo lançamento do selo Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira, pela Empresa de Correios e Telégrafos, em homenagem à mistura de luta e dança de origem africana e os seus mestres criadores. “A capoeira superou julgo da opressão com o jogo da liberdade”, pontuou o Lula. Reconhecida oficialmente patrimônio cultural do Estado, a capoeira só teve a sua prática autorizada no país nos anos 40. Hoje, entretanto, é praticada em mais de 150 nações, dos cinco continentes.
A cerimônia reuniu ministros brasileiros e senegaleses e os embaixadores de 29 países; além dos presidentes da Empresa de Correios e Telégrafos, Fundação Palmares e Confederação Nacional das Entidades Negras; deputados federais e estaduais; secretários de estado e o prefeito de Salvador.
De Salvador,
Camila Jasmin