Após três meses de alta, desemprego se estabiliza, diz Dieese
Depois de três meses de alta, a taxa de desemprego ficou em 15,3% em abril nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese). A taxa representa relativa estabilidade frente aos 15
Publicado 27/05/2009 17:56
No mês, foram criados 52 mil postos de trabalho — número insuficiente para absorver a entrada de 122 mil pessoas no mercado de trabalho. Com isso, o número de pessoas desempregadas cresceu em 69 mil. Já o total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17.016 mil pessoas, em uma população economicamente ativa de 20.095 mil.
A notícia ruim veio da renda dos trabalhadores: em março, no conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados apresentaram decréscimos (0,8% e 0,3%, respectivamente) e passaram a valer R$ 1.203 e R$ 1.272. A massa de rendimentos dos ocupados também diminuiu: ficou 1,6% menor na comparação com o mês anterior. “Para os ocupados, esse desempenho refletiu a redução do nível ocupacional e dos rendimentos médios, enquanto para os assalariados deveu-se, principalmente, ao decréscimo do nível de emprego”, explicou o Dieese em nota.
Regiões
No acumulado em 12 meses, o nível de ocupação continua registrando alta, de 1,2%. A taxa de abril ficou um pouco superior ao crescimento verificado em março (1,0%) nessa base de comparação, interrompendo uma sequência de seis meses consecutivos de desaceleração do crescimento. Nos últimos 12 meses foram geradas 196 mil ocupações, número inferior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (313 mil), resultando no aumento do contingente de desempregados em 117 mil pessoas.
Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal registraram um total de desempregados estimado em 3,079 milhões de pessoas, 69 mil a mais do que no mês anterior. O total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17 milhões de pessoas.
Enquanto que População Economicamente Ativa (PEA) está estimada em 20 milhões trabalhadores. Devido a base de coleta, há atraso nos dados sobre renda dos brasileiros. A taxa de desemprego apresentou pequenos acréscimos em quase todas as regiões: o maior ocorreu em Belo Horizonte (de 10,2% para 10,8%) e o menor em São Paulo, onde permaneceu relativamente estável (de 14,9% para 15%).
Fonte: Dieese