Coreia do Norte reitera nulidade do Acordo de Armistício
A chancelaria da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) culpou nesta sexta-feira (29) as ações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país de serem as causas da quebra do Acordo de Armistício na península corea
Publicado 29/05/2009 16:58
Em uma declaração divulgada pela agência de notícias norte-coreana KCNA, o porta-voz da chancelaria recordou que a própria Chefia de Comando das Forças da ONU, criada pelo Conselho de Segurança, foi uma das signatárias do Armistício, em 1953.
“É por isso que as ações hostis desse órgão das Nações Unidas rompem com o acordo citado”, opina o representante da diplomacia da RPDC.
Também declara que a resolução 1718 do Conselho, emitida em 2006, foi fabricada pelos maiores detentores de armas nucleares do mundo, e recorda que os mesmos realizaram mais de dois mil testes atômicos.
Essa resolução condenou o primeiro teste nuclear norte-coreano em outubro de 2006, e também proibiu Pyongyang levar a cabo o ensaio de mísseis balísticos de longo alcance.
A chancelaria expressa que, embora a RPDC tenha realizado todos os esforços possíveis para desnuclearizar a península, os Estados Unidos romperam o processo de conversações multilaterais de seis lados, ao violar o princípio da soberania e igualdade dos participantes.
O porta-voz afirmou, além disso, que o recente teste nuclear de 25 de maio último constituiu-se em uma medida de auto-defesa.
No segundo ponto, a chancelaria exige que o Conselho de Segurança peça desculpas à RPDC, por violar a soberania de um Estado soberano ao censurar o lançamento de um satélite experimental por parte do norte da Coreia.
Da mesma forma, demanda ao orgão da ONU a anular todas as resoluções e decisões emitidas contra Pyongyang.
“Enquanto o Conselho de Segurança recusar-se a escutar nossa justa demanda, não reconheceremos no futuro tampouco suas resoluções e decisões”, agrega.
No terceiro ponto, o artigo afirma que, em caso de novas ações do Conselho de Segurança da ONU, serão inevitáveis mais medidas de autodefesa por parte da RPDC.