Entidades querem a volta da Lei de Cotas no Rio e prometem ato no TJ
A UNE, a UBES, a União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE) e a Associação Municipal dos Estudantes Secundarias (AMES-Rio) defenderam a Lei de Cotas para o vestibular. As entidades estiveram com o governador do Rio, Sérgio Cabral, no dia 28.
Publicado 29/05/2009 20:52 | Editado 04/03/2020 17:04
Nesta segunda-feira (1º), o movimento estudantil do Rio realizará um ato em frente ao Tribunal de Justiça, às 14h. Neste dia será decidido se a liminar valerá ou não para o vestibular ainda deste ano.
O próprio relator do processo, o desembargador Sérgio Cavalieri Filho, votou contra a liminar. Na reunião, o governador fluminense afirmou que irá se empenhar em fazer com que a lei estadual seja mantida e, caso o TJ não volte atrás, o governo do Rio vai recorrer à instâncias superiores.
“Se, na próxima segunda-feira (1/6), o órgão especial não reconsiderar esta posição, nós vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Isto é um absurdo. Se trata de um avanço muito importante na acessibilidade dos estudantes da rede pública e dos afrodescendentes. A universidade pública não pode ser de uma minoria oriunda das escolas particulares. O acesso tem que ser democratizado. E essa lei garante a democratização do acesso”, destacou o governador Sérgio Cabral.
“Tenho certeza que a situação atual será revertida. Não podemos retroceder”, afirmou Daniel Iliescu, presidente da UEE-RJ.
O presidente da UBES, Ismael Cardoso, lamentou a decisão da justiça e disse que, nesta luta pelas cotas, a UERJ “tem sido um bastião e mostrou na prática que os argumentos de quem entrou com o pedido de liminar foram derrotados. Eu não conheço nenhuma caso de que algum estudante cotista não tenha tido desempenho igual ou melhor”.
De acordo com o reitor da UERJ, Ricardo Vieiralves, a instituição tem cerca de 27 mil alunos, sendo 11 mil cotistas. Contra as alegações de que os universitários que entraram pelo sistema de cotas têm resultados acadêmicos abaixo da média, Vieiralves foi enfático:
“O acesso é diferenciado, mas, lá dentro, nada os diferencia. Temos a absoluta certeza e confiança na nossa capacidade como educadores. Todos os estudantes, de ingresso diferenciado ou não, saem formados pela universidade, quando recebem o diploma, e estão em igualdade de condições”, afirmou o reitor da UERJ.