Fidel elogia programa televisivo de Chávez
Em seu mais recente artigo, o ex-presidente cubano, Fidel Castro, elogiou o programa televisivo do mandatário venezuelano Hugo Chávez, ''Alô Presidente''. Segundo ele, ''nunca uma ideia revolucionária fez uso de um meio de comunicação com tanta e
Publicado 29/05/2009 11:08
No texto publicado ontem pela imprensa cubana, Fidel afirma que dedica ao programa ''uma cota de tempo''. ''Na épica luta da Revolução Bolivariana, sem esse programa, o imperialismo e a oligarquia, com seu controle quase absoluto dos meios de comunicação de massa, suas calúnias e mentiras, teriam destruído a Revolução na Venezuela'', escreveu.
Ainda segundo Fidel, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, dedicou nestes dez anos ''1.536 horas, o que equivale a 64 dias completos num programa para informar e educar a nação''.
''O povo humilde e combativo da Venezuela apóia Chávez cada vez mais'', refletiu o ex-líder da revolução cubana, que indicou ainda que seu colega ''está ganhando a batalha de ideias''.
Na abertura do programa comemorativo dos dez anos, Hugo Chávez ressaltou que o programa nasceu de um “esforço pedagógico” para conectar-se “com o país (…) com o povo” e “atuar sobre a realidade concreta no próprio campo de batalha”. Cumprindo sua palavra de que a edição especial seria “como uma telenovela”, Chávez não titubeou em cantar e tirar fotos com algumas crianças, como fez em programas anteriores.
O Alô Presidente é transmitido pela televisão estatal VTV, geralmente aos domingos, e raramente dura menos de quatro horas. Desde que foi ao ar pela primeira vez em 1999, Chávez comunica à população, através do Alô Presidente, decisões de seu governo, assim como também se posiciona sobre temas de interesse nacional e internacional. Recentemente, o presidente começou a publicar semanalmente uma coluna de opinião na imprensa nacional intitulada “as linhas de Chávez”.
Leia abaixo a íntegra do artigo de Fidel:
Reflexões do companheiro Fidel
Dez anos ensinando e aprendendo
“Alô Presidente” começou suas transmissões em 23 de maio de 1999. Nesse dia, Chávez estava no Equador celebrando o 187º aniversário da Batalha de Pichincha. Amanhã se inicia a comemoração do décimo aniversário do programa.
O caso de Hugo Chávez resulta excepcional na história da política. Outros alcançaram fama e celebridade através da imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, mas nunca uma idéia revolucionária fez uso de um meio de comunicação com tanta eficácia.
Na épica luta da revolução Bolivariana, sem esse programa, o imperialismo e a oligarquia, com seu controle quase absoluto dos meios de comunicação maciça, suas calúnias e mentiras, teriam destruído a Revolução na Venezuela.
Fiz um cálculo conservador que nesse 10 anos o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem dedicado 1 536 horas líquidas, isto é, o equivalente a 64 dias completos, em um programa para informar e educar a nação.
Nesse incessante intercâmbio, ensinava e aprendia, educava e era educado pelo povo. Lia, adquiria e transmitia conhecimentos. Estudava e recomendava livros; recordava a rica história de seu país, as lutas e os sonhos proféticos de Bolívar, muitos de cujos discursos conhecia de cor.
O “Alô Presidente” se tornou um programa para a Venezuela, e para os que neste planeta desejamos conhecer o que acontece e o que pode acontecer. Entre minhas tarefas semanais dedico ao “Alô” uma cota de tempo.
O mais encorajador é que o povo humilde e combativo da Venezuela apóia Chávez cada vez mais. Cresce o número de trabalhadores e de jovens que ingressam nas fileiras revolucionárias. Está ganhando a batalha de ideias.
Familiares próximos me contam que ele está muito bem de saúde, nunca o viram com mais entusiasmo e vitalidade; corre durante 40 minutos diariamente e tem baixado libras de sobrepeso em um mês. Ficamos contentes.
Tem sido um grande amigo em dias difíceis da Revolução. Temos resistido e continuaremos resistindo firmemente. Hoje temos mais razões do que nunca para o fazer.
Fidel Castro Ruz
27 de maio de 2009