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Movimentos lançam onda de protestos em defesa da Petrobras

Após as mobilizações realizadas no Rio de Janeiro (21), no Recife, Natal e Vitória (dias 25 e 26), a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), reunida na sede da CUT nesta sexta-feira (29), anunciou as próximas iniciativas da campanha “O petróleo tem q

(- Veja ao final da matéria o calendário de ações já confirmadas)


 


Ao avaliar os primeiros passos da campanha, as lideranças destacaram a grande adesão às atividades já realizadas. “A mobilização está surpreendendo as direções sindicais. Percebemos que foram marcadas mobilizações sem que as entidades nacionais as programassem. Os ataques a Petrobras trouxeram essa necessidade de mobilização da sociedade, que sempre repudiou e resistiu às privatizações”, declara ao Vermelho Antonio Carlos Spis, primeiro tesoureiro da CUT.


 


O espírito de unidade entre as diversas redes dos movimentos foi outro fator destacado na campanha. “Saímos da reunião da coordenação com uma boa agenda nos estados porque continua o sentimento de unidade das centrais e entre os demais setores dos movimentos. Ao pautar a CPI da Petrobras pelo viés antinacional, a mídia desperta a ira de todos”, afirma Carlos Rogério Nunes, secretário de Comunicação e Imprensa da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).


 


Desde a segunda-feira (25), diversas reuniões entre as redes dos movimentos sociais foram realizadas em São Paulo. Para além da CMS — que reúne três centrais sindicais (CTB, CUT e CGTB), UNE, Ubes, Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores), UBM (União Brasileira de Mulheres), Unegro (União dos Negros pela Igualdade), entre outras —, as entidades pertencentes à Assembléia Popular — que congrega o MST, Via Campesina e ainda outras entidades —, do movimento Jubileu, a Conlutas e a Intersindical também realizaram reuniões sobre campanha.


 


Segundo lideranças da CTB e da CUT, a tendência é que todo o Fórum das Centrais Sindicais, que conta com as seis entidades legalizadas, se una em torno das mobilizações em defesa do petróleo. A Força Sindical, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) são as três centrais que ainda não estão plenamente incorporadas na campanha.


 


O que quer a campanha?


 


A campanha tem dois eixos principais. O primeiro é contrário à CPI da Petobras, por entender que, mais do que uma agressão à estatal e, portanto, à soberania nacional, a CPI tem como pano de fundo as eleições de 2010 — em que as “viúvas das privatizações” buscarão retornar ao governo central.


 


Além disso, a CPI é vista como uma tentativa de impedir que o Estado brasileiro assuma o controle das reservas gigantes de pré-sal. “O objetivo do PSDB e do DEM com a instauração da CPI é travar a lei (de iniciativa popular) do petróleo e impedir que o Brasil tenha o controle sobre as imensas riquezas do pré-sal'', disse o coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, durante os protestos desta semana.


 


O segundo eixo pode ser resumido no projeto de lei de iniciativa popular que propõe consolidar o monopólio estatal do setor do petróleo, o fim das concessões para exploração das reservas brasileiras, a destinação social destas riquezas e o fortalecimento da Petrobras como empresa eminentemente pública.


 


– Veja abaixo o calendário com as atividades já confirmadas:


 


Campanha “O Petróleo tem que ser nosso”


– 1º de junho (segunda-feira)
Audiência Pública e ato na Câmara Municipal de Olinda (PE)


 


– 2 de junho (terça-feira)
Grande manifestação em Curitiba (PR)


 


– 3 de junho (quarta-feira)
Ocupação pacífica do Congresso Nacional, em Brasília


 


– 9 de junho (terça-feira)
Ato público em Manaus (AM)


 


– 19 de junho (sexta-feira)
Grande manifestação em São Paulo (SP)


 


– 26 de junho (sexta-feira)
Próxima reunião da CMS, às 9h30min na sede da CTB, em São Paulo, para avaliar a campanha e definir as próximas atividades.


 


– 14 de agosto (sexta-feira)
Dia Nacional de Luta em defesa do Petróleo


 


– Em todas as atividades serão colhidas assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular.


 


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