FMI adianta para 2011 revisão de direitos de voto de membros
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que adiantou em dois anos a revisão do sistema de votação dos países membros em seu conselho de administração. Em seu “programa de trabalho” semestral, a instituição estabeleceu como missão o início
Publicado 05/06/2009 14:43
Essa revisão deverá “ser concluída até janeiro de 2011, dois anos antes do calendário habitual”, que prevê uma revisão a cada cinco anos, acrescentou o FMI. “Estou firmemente convencido de que reformar o modo de administração do FMI é crucial, não só para a sua legitimidade, como para poder se manter na vanguarda, de maneira mais eficaz, em reação aos acontecimentos mundiais inesperados, como a crise atual”, comentou o diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Khan, citado em um comunicado.
A questão das cotas, a parte de capital dos 185 Estados membros (186 em breve com a chegada de Kosovo) e os direitos de voto que são atribuídos a eles, é um debate recorrente no FMI, já que sua evolução registra um forte atraso em relação às mudanças da economia. Atualmente, em relação aos países emergentes, a Europa domina o processo de decisão em Washington, refletindo a economia mundial depois da Segunda Guerra Mundial (1940-45).
Como exemplo, a Bélgica (2,1% dos direitos de voto), tem um peso maior que o do Brasil (1,4%); e a França (4,9%) pesa mais do que a China (3,7%). O FMI realizou sua última reforma sobre a questão em abril de 2008, que ainda não entrou em vigor à espera da ratificação por parte dos parlamentos dos países membros.
Com agências