Murad propõe Moção de Repúdio à invasão da USP pela PM

Em pronunciamento na Câmara dos Vereadores, hoje à tarde, Jamil Murad (PCdoB) repudia repressão da PM a manifestação na USP. Líder da bancada do PCdoB sugeriu a redação de moção de repúdio exigindo a imediata retirada da PM do campus sem pré-condição e a

O vereador Jamil Murad repudiou hoje, em discurso no plenário da Câmara Municipal, a ação da Polícia Militar de São Paulo no Campus da Universidade de São Paulo (USP) que deixou pelo menos quatro pessoas com ferimentos. A PM usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha. “Não podemos concordar com o desrespeito a autonomia universitária e a quebra do estado de direito. Através dessa moção vamos exigir que o poder público restabeleça também esses princípios da democracia”, protestou Jamil que, em conjunto com os vereadores Chico Macena (PT), Eliseu Gabriel (PSB), Donato (PT), Cláudio Prado (PDT), João Antônio (PT) e Alfredinho, apresentará moção de repúdio que deverá ser votada na próxima terça-feira.



 
De acordo com Jamil, a solução de um conflito trabalhista deve ser resolvida com respeito mútuo e equilíbrio sempre respeitando a democracia. “É preciso garantir o direito à livre manifestação porque sem isso não atingimos a democracia”, afirmou Jamil. Para o vereador, existem forças reacionárias instigando aqueles que estão no poder. “E essas forças tenebrosas estimulam o cultivo de métodos bárbaros como o que acabamos de presenciar”, concluiu Jamil.



 
Reivindicações


 A PM ocupa o campus da USP desde o dia 3 de junho para evitar que os funcionários, há um mês em greve, realizem piquetes na universidade. Os professores aderiram à greve na última sexta-feira, dia 5 de junho, reivindicando, entre outros itens, reajuste salarial e a retirada da PM.