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Denúncias contra Sarney substituem disputa nas CPIs do Senado

As denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), colocou em segundo plano a disputa entre oposição e governo em torno dos cargos de direção da CPI das Organizações Não-Governamentais (OMGs) e a instalação da CPI da Petrobras. Esta ter

Na reunião da bancada do PSDB no início da tarde desta terça-feira (16), os tucanos admitiram que a gravidade da crise em torno de Sarney suplantou a disputa. O almoço, no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), era para avaliar a possibilidade de devolução do cargo de relator da CPI das ONGs aos governistas, a fim de abrirem caminho para a instalação da CPI da Petrobras ainda neste semestre.
 


Criada há um mês, a CPI ainda não começou a funcionar. O imbróglio surgiu quando a oposição aproveitou-se da ida do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), relator da CPI das ONGs, para a CPI da Petrobrás e indicou o líder dos tucanos, Artur Virgílio (AM), para substituí-lo. O acordo de lideranças sobre a partilha dos cargos de direção na CPI das ONGs era de que a presidência caberia ao DEM e a relatoria ao bloco governista.
 


Na segunda-feira (15), Virgílio admitiu a possibilidade de entregar o cargo de relator na CPI das ONGs à base aliada, mas o vice-líder tucano, Álvaro Dias (PR), disse que quer uma contrapartida dos governistas: a partilha dos cargos de comando na CPI da Petrobras.
 


O líder do PT, senador Aloízio Mercadante (SP), declarou que não há irregularidade na obstrução governista na CPI da Petrobras, que vem adiando sua instalação, e que a troca, conforme previsto no regimento, não se aplicaria ao caso.
 


De Brasília
Com agências