Uruguai terá plebiscito sobre fim da anistia a militares
No dia 25 de outubro, data em que os uruguaios irão às urnas para eleger o novo presidente da República, também definirão, em um plebiscito, sobre o eventual fim da Lei de Caducidade Punitiva do Estado, denominação da lei de anistia aos militares que real
Publicado 16/06/2009 12:27
Diversas organizações não-governamentais (ONGs), sindicatos e partidos tentam há anos revogar a lei de anistia, aprovada em um plebiscito em 1989. A esquerda uruguaia alega que a lei foi ambígua e precisa ser revogada por meio de uma nova consulta. Neste ano, uma intensa campanha conseguiu angariar as 250 mil assinaturas necessárias.
O número representa 10% do eleitorado do Uruguai. Com isso, foi apresentado o pedido do plebiscito perante a Justiça Eleitoral. Diversas pesquisas indicam que 60% dos uruguaios estão a favor da anulação da lei que impede o julgamento dos militares.
O presidente uruguaio Tabaré Vázquez tem defendido o fim da lei de caducidade. “O povo uruguaio não merece ter uma lei da impunidade como a que temos”, afirmou ele, que disse “esperar fervorosamente, como cidadão uruguaio, que o povo anule esta lei”.
No governo de Vázquez, foram feitas exceções à norma, que permitiram a prisão de ex-militares e policiais, dentre eles o ex-ditador Gregorio Alvarez, por crimes contra a humanidade.
Com Agência Estado