Desenvolvimento do Semi Árido é foco da Fenagri, diz prefeito de Juazeiro (BA)
''Os empreeendimentos agrícolas são a principal base da economia regional e, portanto, é preciso assegurar um caráter mais nacional, e mesmo internacional, à Fenagri. Daí a importância de promovermos esses lançamentos em Brasília e Salvador, além do próxi
Publicado 18/06/2009 19:47 | Editado 04/03/2020 16:20
Carvalho chegou do Distrito Federal com boas notícias. Além da constituição de uma Frente Parlamentar da Fruticultura e de parceria firmada junto à Comissão de Agricultura da Câmara Federal, o lançamento no DF serviu para oficializar a realização da 1ª Conferência sobre Políticas Públicas para Agricultura Irrigada no Semi Árido. “Toda essa articulação é para que a gente possa discutir, de forma integrada, o desenvolvimento da região com foco na inovação tecnológica, ampliação dos negócios, associativismo, empreendedorismo e geração de emprego e renda”, afirmou o prefeito comunista.
Segundo adiantou, já estão confirmadas as presenças dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Integração Nacional e do Meio Ambiente. Ainda em stand by, os ministérios dos Transportes e da Fazenda, e a Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos. A Conferência será no dia 16, no próprio espaço da Feira, no campus III da Universidade do Estado, em Juazeiro.
Parceria estadual
“Precisamos ressaltar essa nova visão, de que a ‘festa’ agora é fazer negócio. O objetivo da 20ª Fenagri é focar nos caminhos de fortalecimento das cadeias produtivas da fruticultura”, endossou o secretário estadual de Agricultura – Seagri, Roberto Muniz, anfitrião do Governo da Bahia na cerimônia. E, além de aprofundar as discussões em torno de parcerias com empresas e instituições em prol da disponibilização e acesso a novas tecnologias, e de convocar os bancos e instituições financeiras a incrementar linhas de crédito e financiamento, Muniz destacou, ainda, a possibilidade de acessar novos mercados, a partir da realização da Feira.
Atualmente, cerca de 90% da produção regional de frutas, em especial uva e manga, é destinada ao mercado externo. No entanto, diante da retração econômica por conta da crise financeira internacional, foi constatada uma redução considerável no consumo da Europa e Estados Unidos, acarretando em perda de arrecadação e encalhe da produção. “No final de 2008, os produtores passaram por um momento difícil, porque as frutas ‘boiaram’ no mercado. A partir de iniciativa do prefeito, juntamente com a Câmara de Fruticultura, nós mobilizamos o Banco do Nordeste e do Brasil e conseguimos equacionar as dívidas passadas numa ação conjunta do governo da Bahia e de Pernambuco”, lembrou o secretário da Seagri. A parceria entre os dois governos possibilitou a introdução de nova linha de financiamento – a Revitaliza -, que gerou possibilidades de ampliação na captação de recursos para a região.
As perspectivas para 2009 são positivas, fincadas na manutenção do já consolidado mercado exterior e com ações para a abertura de novos mercados em todo o Brasil. Um dos desafios é criar um projeto de ampliar a presença da fruta no consumo cotidiano do baiano e do brasileiro, com a introdução também da chamada “fruta de mesa” na merenda escolar. “Principalmente porque 30% dos recursos da merenda podem ser revertidos em compras diretas no mercado local, fortalecendo a agricultura familiar”, pontuou Roberto Muniz. “O Vale do São Francisco tem características naturais fortes, como o clima, solo e água, que fortalecem o cultivo de frutas e com condições suficientes para que a gente possa ampliar, cada vez mais, o agronegócio na nossa região”, reforçou Isaac Carvalho.
A estimativa é de que a Feira Nacional da Agricultura Irrigada movimente um montante em torno de R$ 100 milhões ao longo dos quatro dias de evento, de 15 a 18 de julho. É esperado um público de cerca de 60 mil pessoas diretamente ligadas ao setor, afora os visitantes.
De Salvador,
Camila Jasmin