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Plano Agrícola e Pecuário destina R$ 107,5 bilhões ao setor

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e o secretário de Política Agrícola, Edílson Guimarães, confirmaram sábado (20), em Londrina, que o governo federal destinará  R$ 107,5 bilhões ao setor por meio do Plano Agr

“Esse total significa 37% a mais de recursos em relação à safra 2008-2009. É o reconhecimento do governo de que a agricultura é um dos setores dinâmicos que levará o país a sair da crise. O governo sabe que tem que investir mais  no setor e está fazendo isso dentro das limitações que tem”,  disse Stephanes à Agência Brasil.



A outra questão, segundo o ministro, é o reconhecimento de que  a classe média  rural tem que ser fortalecida. “O grande agricultor, de uma forma ou outra, tem condições de trabalhar, de gerar renda. Para o pequeno existem programas específicos, como o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). O que faremos é introduzir vagarosamente uma política de apoio a essa classe. O governo já fez isso no ano passado e repete este ano”, explicou.



O  médio produtor brasileiro terá à disposição na  safra 2009-2010, R$ 5 bilhões para financiar a lavoura, 72% a mais que o destinado no ciclo anterior. Os recursos serão ofertados por meio do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural), que foi reformulado para permitir que mais agricultores tenham acesso com condições facilitadas.



Além da ampliação do volume de recursos, o programa dobra o limite de renda do produtor que pode ter acesso ao crédito. A partir deste semestre, o agricultor com renda bruta anual de até R$ 500 mil está apto a buscar o financiamento. Já os limites de crédito, que envolvem recursos para custeio, investimento, comercialização e aquisição de máquinas e equipamentos, subiram de R$ 150 mil para R$ 250 mil.



O cooperativismo também mereceu destaque no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2009-2010. Segundo o ministro, as cooperativas são importantes instrumentos na comercialização da agricultura brasileira, substituindo as organizações internacionais que se retraíram.



Responsável  por quase 40% da produção nacional de grãos, o setor terá R$ 2 bilhões do Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap Agro). Esse programa foi  criado para promover a ampliação de capital de giro e a recuperação da estrutura patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola e pesqueira.



Os R$ 2 bilhões serão investidos no período de 1º de julho de 2009 a 30 de junho de 2010. O limite de financiamento é de R$ 25 mil por associado. Já o limite por cooperativa foi estabelecido em R$ 50 milhões. A linha de crédito, com taxas anuais de 6,75%, tem prazo de reembolso de até seis anos.



O ministro enfatizou também o reforço que o governo está dando para a produção sustentável, investindo cada vez mais em áreas já consolidadas em vez de áreas novas ou de desmatamento. Os produtores terão mais recursos para investir na reinserção de áreas no processo produtivo, na correção e conservação do solo bem como na adoção de práticas sustentáveis no campo. O novo plano dispõe de R$ 1,5 bilhão para essas finalidades pelo Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa). São mais R$ 500 milhões em relação ao ciclo 2008-2009.