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Governo protege etnia isolada sem interferir na cultura

A terra indígena Zo'é, no Pará, é considerada exemplo de políticas públicas voltadas para a proteção de povos isolados. Atualmente, a população, que vive em área situada entre os rios Cuminapanema, Urucuriana e Erepecuru, apresenta índice de mortalidad

A Frente de Proteção Cuminapanema, uma das seis frentes de proteção estabelecida pela Funai (Fundação Nacional do Índio) trabalha,  atualmente, com 245 indígenas desta etnia,  divididos em 11 aldeias.


 


Os Zo'é tornaram-se conhecidos no final da década de 1980 como um dos últimos povos da Amazônia a entrar em contato com a sociedade ocidental.



Mesmo sabendo da existência da aldeia , inicialmente conhecida como Área Indígena Cuminapanema-Urucuriana, foi  nos anos 90 que a Funai conseguiu a interdição O governo federal se empenhou, ainda, em acrescentar uma faixa de proteção ambiental (unidades de conservação ambiental) no entorno das terras indígenas.



A manutenção do aprendizado da língua nativa e a busca permanente pela valorização da cultura da estrutura sócio-econômica autônoma dos Zo'é permitiu que eles rompessem com práticas de assistencialismo que promoviam a dependência da comunidade.



Sexta-feira e sábado passados, o ministro da Justiça, Tarso Genro –  ao lado do presidente da Funai, Márcio Meira, e do diretor-geral do departamento da Polícia Federal, Luiz Fernando Correia -, visitou a comunidade indígena. Pela  primeira vez, um ministro de estado esteve em proximidade com uma etnia afastada do convívio de outros povos e culturas. “É um ponto de organização do contato do estado brasileiro com a comunidade indígena isolada”, afirmou Genro.



De acordo com o ministro, o governo protege o território e a cultura daqueles povos, ao mesmo tempo em que oferece que eles tenham um processo de aproximação com o estado e a sociedade, sem agredir a identidade da etnia.