IV Congresso da UEE-AM reelege Maria das Neves
Na IV e maior edição do Congresso da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM), os universitários do maior Estado do país reelegeram Maria das Neves como presidente da entidade. O evento, ocorrido no auditório do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), nos dias 19 e 20, reuniu estudantes de 9 municípios amazonenses e de dezenas de estudantes de Manaus, cujo desfalque foi de apenas uma instituição de ensino superior.
Publicado 24/06/2009 18:18
A programação do congresso foi abrilhantada com a presença de diversos líderes políticos e intelectuais do Estado. A deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), o deputado estadual Sinésio Campos (PT), a ex-vereadora Lúcia Antony (PCdoB), a reitora e o vice eleitos da Ufam Márcia Perales e Ednaldo, respectivamente, a reitora da UEA Marilene Correa e o escritor amazonense Tenório Teles, que participou da mesa de lançamento da Frente Ampla em Defesa da Meia Passagem, prestigiaram o evento.
Jovens de Manacapuru, Itacoatiara, Maués, Tabatinga, Tefé, Benjamin Constant, Parintins, Coari e São Gabriel da Cachoeira romperam as barreiras geográficas que os separam da capital do Estado e, em alguns casos, viajaram mais de 1.000 KM para participar e enriquecer as discussões.
Coordenador da mesa do congresso, o diretor de Ass. Jurídicos da UNE, André Tokarski, demonstrou-se satisfeito. “Se no congresso da UNE encontrarmos a mesma combatividade e politização que vi aqui no Amazonas, nós conseguiremos concretizar todas nossas bandeiras de luta”, afirmou.
A presidente reeleita entregou o diploma “Tomazinho Meireles” aos ex-presidentes da entidade Júlio Salas e Daniel Félix e, também, para o escritor Tenório Teles. “Resgatamos o nome desse valoroso líder estudantil amazonense, morto pela Ditadura Militar, reconhecendo as contribuições dadas pelos presidentes da UEE que me antecederam na construção permanente do movimento estudantil universitário amazonense”, disse Maria.
A jovem estudante de História da Ufam encabeçou a chapa “Unidade”, que obteve o total de 93 dos votos apurados, contra 8 da chapa “UEE é pra lutar”.
As resoluções, manifestos e moções aprovadas unanimemente pela plenária do congresso engrossaram a politização do evento. Dos grupos de discussão sobre conjuntura política e educação saíram textos que avaliam a crise econômica, os seus danos causados a humanidade e alternativa apresentada pelos governos progressistas de vários países da América Latina, além da necessidade de um projeto de reforma universitária que fortaleça o ensino superior público e estabeleça a regulamentação do ensino superior privado.
Uma das pautas centrais do congresso, a defesa da manutenção da meia passagem foi tema do manifesto, também aprovado unanimemente, que deverá ser apresentado à sociedade, às entidades do movimento social, intelectuais e líderes políticos, a fim de receber seus apoios e fortalecer o coro pela garantia desse benefício social.
De Manaus,
Anderson Bahia