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Petroleiros amazonenses em defesa da Petrobrás

Num fim de semana de grandes eventos realizados por diversas entidades do movimento social, o Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro/AM), promoveu mais uma edição do congresso da entidade. O evento reuniu 65 delegados no auditório da sede do sindicato, localizado no centro de Manaus.

Em seu XXXI Congresso os petroleiros do Amazonas reafirmam defesa intransigente à Petrobrás.

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Líderes políticos aliados à luta dos petroleiros prestigiaram o evento. A deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB) chegou antes do início e, tendo inúmeros compromissos, cumprimentou os dirigentes sindicais e justificou sua saída. O secretário de Estado da produção Rural Eron Bezerra, o presidente da CTB AM, Valderli Bernado, o representante da CUT, Profeta, o tesoureiro da Federação Única dos Petroleiros, Aldemir Caetano e o represente do PCdoB/AM, Nonato Pereira abriram o congresso apresentando suas considerações sobre a defesa da Petrobrás e os ataques que a direita desfere a empresa país à fora.

Apesar do foco nacional dos debates acerca do petróleo e da Petrobrás serem as discussões nacionais envolvendo a CPI de iniciativa do PSDB e do DEM em torno da empresa, o coordenador geral do Sindipetro/AM, Acácio, fez questão de destacar as demandas regionais. “Duas outras refinarias estão sendo construídas no país e a daqui do Estado, que é antiga, precisa de investimentos para que seja modernizada e de modo que não venhamos ficar para trás”, ressaltou.

Com relação ao debate nacional, Acácio visualiza as disputas de projetos nacionais tendo seus reflexos na Petrobrás. “Essa CPI é de iniciativa da direita para tentar desgastar a Petrobrás e o governo Lula. Além disso, enxergamos que já é uma tentativa de colocar a empresa nas mãos do mercado internacional, que foi o que eles tentaram fazer no governo FHC”, completou.

O dirigente nacional dos petroleiros, Ademir Caetano, fundamentou o debate acerca da Petrobrás de maneira semelhante. “A CPI é uma antecipação do debate eleitoral de 2010, quando mais uma vez estarão em lados opostos aqueles que tentam vender o Brasil e os que defendem ampliação dos avanços conseguidos no governo Lula”, afirmou. “E infelizmente o senador amazonense Arthur Neto é um dos principais responsáveis por esse ataque ao povo brasileiro”, concluiu.

Os dirigentes sindicais nacional e estadual aprofundaram o tema. “Defendemos ainda que a Petrobrás volte a ser 100% pública e que os lucros dela sejam para investimentos sociais na área da educação, saúde e muitos outros”, disse Caetano lembrando da alta cifra a ser arrecada com o petróleo da camada do pré-sal. “A empresa já teve que cortar vários dos seus programas que eram oferecidos a sociedade. E não queremos isso”, completou Acácio.

Os petroleiros congressistas mantiveram Acácio na coordenação geral do sindicato. A próxima atividade do coordenador reeleito e de outros delegados do congresso será a participação no Congresso da FUP, a ser realizado no início de julho, e na manifestação protagonizada pela UNE durante seu 51º congresso, cuja pauta será a defesa da Petrobrás.

De Manaus,

Anderson Bahia