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Mundo das finanças inicia semana com otimismo

Declarações do economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), do investidor George Soros e do governo alemão coincidem, neste início da semana, no tom de otimismo sobre a evolução imediata da economia nos países desenvolvidos.

O economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, considera que as economias dos países desenvolvidos poderão começar a sair da crise e ter crescimento ainda neste ano. “É possível que assistamos a um regresso ao crescimento no final de 2009”, disse.


 


Já o Ministério das Finanças da Alemanha, a maior economia da União Europeia, indicou que prevê o regresso do crescimento ainda neste ano. No boletim mensal de economia, o governo alemão avalia que os incentivos de 82 bilhões de euros colocados na economia do país começam a ter reflexos na confiança empresarial no sector da construção e no consumo, em especial na compra de veículos. “Tratam-se de sinais de que a recessão poderá ser invertida na segunda metade do ano”, indica o boletim.


 


Apesar do otimismo, os economistas avaliam que a economia da Alemanha deverá registrar neste ano forte contração, que poderá chegar a 6%, o que significa a maior recessão no país desde a Segunda Guerra Mundial. O tom de otimismo do FMI e do governo alemão é acompanhado, neste início de semana, por declarações do investidor-especulador George Soros.


 


Regulação


 


Em entrevista a uma cadeia de televisão da Polónia, a TVN24, Soros disse que “definitivamente o pior da crise já passou”. O grande investidor disse também ser necessário criar sistemas de supervisão globais. “Esta não é uma crise como as anteriores, mas sim uma crise que marca o fim de uma era. O atual sistema baseava-se na falsa suposição de que os mercados poderiam voltar a recuperar o e equilíbrio de forma independente”, disse Soros.


 


“Necessitamos de regulação a nível internacional para conservar os mercados. Não será fácil, mas se não o fizermos, a globalização, como a conhecemos, fracassará”. Para enfrentar a crise, “o Estado deve intervir, dar garantias a instituições financeiras e aumentar o investimento público. Mas, uma vez restabelecidas as condições dos mercados, os Estados devem então diminuir o seu papel”, defendeu o investidor.


 


A informação é do Portugal Digital