CPI do aumento da tarifa de energia elétrica ouve presidente da Cegás
A CPI do aumento da tarifa de energia elétrica ouviu, nesta terça-feira (30/06) à tarde, o depoimento do presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), José Rego Filho. Ele falou da distribuição de gás natural no Estado e afirmou que a Petrobras não for
Publicado 01/07/2009 08:53 | Editado 04/03/2020 16:34
O relator da CPI, deputado Lula Morais (PCdoB), disse que “o depoimento confirmou que desde 2003, não há gás suficiente para que a Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF) opere com qualidade. Mesmo assim, a CGTF forneceu cerca de 30% da energia distribuída pela Coelce. Agora temos que saber como era produzida essa energia e ouvir a Petrobras, para esclarecer a razão do corte de fornecimento”, afirmou o parlamentar.
O presidente da CPI, deputado João Jaime (PSDB), perguntou se já havia suspeita de que poderia haver falta de gás, no momento em que o contrato de distribuição foi firmado, e questionou se havia ligações entre a Cegás e a CGTF. “A garantia tinha que ser dada pela Petrobras. Não competia a nós saber se havia ou não gás. Eu apenas repasso o que a Petrobras manda. Se não há regularidade e não recebo não posso entregar”, respondeu José Rego Filho.
João Jaime perguntou também se houve falha de planejamento da Petrobras, mas o presidente da Cegás disse que “a demanda cresceu devido ao incentivo ao uso do GNV no setor automotivo, enquanto houve uma queda na produção de gás nas bacias do Ceará e do Rio Grande do Norte”. José Rego não soube informar sobre as punições previstas pelo descumprimento do contrato de fornecimento de gás para geração de energia pelas termoelétricas e informou que não houve queda no fornecimento de gás natural para outros setores, como o automotivo e industrial.
João Jaime propôs a antecipação do depoimento de diretores da Petrobras, e a comissão aprovou uma mudança no seu calendário de atividades. Nesta quarta-feira (1º/07) a CPI vai ouvir representantes da Agência Nacional de Energia e na próxima terça-feira ouvirá a Petrobras. Também participaram do depoimento os deputados Artur Bruno (PT), Sergio Aguiar (PSB), Idemar Citó (PSDB) e Augustinho Moreira (PV).
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL