Jobim defende Sarney e pede lucidez a senadores
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu hoje (1º) o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que enfrenta uma série de denúncias e está sendo pressionado pelo PSDB e agora também o DEM a se afastar do cargo. “Não se pode debitar os problema
Publicado 01/07/2009 13:50
“A crise do Senado não trata de uma questão individual. Não está tratando com biografias individuais, mas se trata do País”, afirmou Jobim, ao encerrar sua exposição sobre a Estratégia Nacional de Defesa na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Ele afirmou que o presidente Sarney conseguiu “algo extraordinário” ao fazer a transição do período autoritário para o democrático no país.
“As soluções têm que visar ao interesse das instituições democráticas. Não adianta intervenção para este que é um problema antigo. Que se mude as regras, mas não se pode debitar os problemas apenas a um personsagem, tendo em vista as eleições de 2010”, disse Jobim.
Para Jobim, o Senado não deve aceitar interferências externas para a solução de seus problemas. Segundo ele, a solução tem a ver com os interesses de uma grande instituição. “Tem a ver não com questões imediatistas e individuais, não com interesses imediatistas individuais, mas com interesse de uma grande instituição”, disse. O ministro afirmou que assiste “com consternação essa discussão midiática em relação ao Senado”.
Ao falar sobre sua “inquietação”, Jobim disse que espera que o Senado resolva suas dificuldades, e recomendou: “Não admitam intervenção em hipótese alguma”. Em seguida, afirmou: “A intervenção não é regra democrática que possa gerir a lucidez necessária aos senadores para resolver o problema”. Depois de lembrar episódios como o que ocorreu com o deputado Ibsen Pinheiro – que renunciou após uma série de acusações e posteriormente absolvido -, Jobim afirmou: “Se é para mudar as regras, que se mudem as regras, mas não debitem essas regras em vigor a um personagem”.
Jobim atribuiu a crise às perspectivas de 2010. E ponderou: “O que está em jogo não é a eleição de 2010, é a consistência do sistema democrático”. Pouco depois, afirmou que é amigo de Sarney e reiterou o apelo para que senadores não deixem que haja interferência na casa para a solução dos problemas. “Se eles deixarem que haja interferência, estarão relegando o voto que tiveram”, disse.
Da redação, com agências