União Européia: Explode a dívida pública dos países-membros

No dia seguinte, reunir-se-á o Conselho dos Ministros de Economia e Finanças da União Européia (UE). De acordo com as primeiras informações disponíveis, tanto o plano europeu para recuperação da economia quanto as medidas já tomadas pelos países-membros da UE surtiram efeito, já que trouxeram o necessário apoio fiscal às economias dos 27 países-membros. 

Em alguns países (Alemanha, Grã-Bretanha, Suécia, Espanha, Áustria e Finlândia) foram concedidos incentivos importantes, acima da média da UE, enquanto em outros países ocorreram incentivos de menor importância.

Contudo, o aumento da dívida pública em todos os países da UE e o acúmulo de compromissos em apoio ao setor financeiro trazem preocupações quanto a viabilidade das finanças públicas, particularmente se for levado em consideração o fato de que os gastos relacionados com o envelhecimento das populações crescem seguidamente, e continuarão crescendo.

Além disso, para o aumento da dívida pública dos países-membros da UE contribuem também os elevados déficits criados com a desaceleração do crescimento. Enquanto a dívida pública dos 27 países-membros da UE somava cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007, deverá atingir 80% em 2010.

Em relação a este tema, a Comissão Européia (CE), órgão executivo da UE, destaca que o apoio do setor financeiro é indispensável, mesmo que isto onere o total dos gastos fiscais.

A experiência mostra que qualquer atraso na adoção de políticas de enfrentamento às crises bancárias ameaça onerar o total dos gastos fiscais. Mas, os esforços para restituir a saúde do setor financeiro são indispensáveis para garantir com plenitude a eficácia das medidas fiscais.

A informação é de Mary Stassinákis, no Monitor Mercantil