Protesto em Salvador pede fim da violência contra a mulher

Um grito contra a impunidade. Assim foi ato protagonizado pelo movimento de mulheres nesta terça-feira (7/7) em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro de Salvador. Munidas de apitos, faixas e cartazes elas pediam a punição de Adalber

A manifestação, organizada pelo Fórum de Mulheres de Lauro de Freitas, começou com um apitaço na frente da SSP e o pedido de audiência com o chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo. O delegado conversou com as representantes das mulheres informando sobre o andamento do processo. “A polícia já fez tudo que estava ao seu alcance. O agressor está preso, foi interrogado, o processo será concluído e enviado para a Justiça. A SSP fez o seu papel. Todas as providências agora dependem da Justiça”, declarou.


 


O movimento questionou ainda o chefe da Polícia Civil sobre a possibilidade de Adalberto ser solto em 30 dias, como vem especulando a imprensa local. “A liberação dele só pode ser feita por um juiz. Nós pedimos a prisão preventiva por 30 dias para concluir as investigações. Depois podemos prorrogar a prisão pelo menos período ou, caso a Justiça decida, liberta-lo. Mas isso não depende da SSP”, argumentou.


 


As mulheres insistiram em marcar uma audiência com Joselito Bispo, que deve acontecer nos próximos dias. Nas ruas, elas continuaram a manifestação cobrando celeridade no processo. “Nós vamos continuar nos manifestando para evitar que este crime caia no esquecimento como aconteceu com tantos outros. A simbologia de Luciana Lopo é de representar todas as vítimas de violência na Bahia. Precisamos lutar para que ele seja julgado o mais rápido possível. Que a Justiça não permita que Adalberto e nenhum outro agressor de mulheres fique impune”, disse Suli Nascimento, do Fórum de Mulheres de Lauro de Freitas.


 


A União Brasileira de Mulheres (UBM) também participou da manifestação. Durante a Conferência Livre sobre Segurança Pública, a entidade aprovou a elaboração de uma carta de solidariedade a Luciana Lopo  e de repúdio ao seu agressor.


 


O legislativo municipal também se manifestou. “É fundamental o grito das mulheres contra a impunidade. Precisamos falar para a cidade sobre a questão da violência doméstica. O caso de Luciana não pode ser tratado como um caso isolado. Precisamos fortalecer o movimento para que mais mulheres possam ter coragem de denunciar a violência”, destacou a vereadora de Salvador, Olívia Santana (PCdoB).


 


De Salvador,


Eliane Costa