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Imprensa britânica destaca caso de lixo enviado ao Brasil

Com a manchete “O segredinho sujo da Grã-Bretanha”, o Times afirma que a Grã-Bretanha foi acusada de despejar “lixo doméstico tóxico e lixo industrial em países em desenvolvimento em dois continentes, violando uma convenção internacional”. Segundo o

Segundo a imprensa britânica, o ministro do Meio Ambiente, Hillary Benn, ordenou a investigação de duas empresas britânicas ligadas ao caso – a Worldwide Biorecyclables Ltda. e a UK Multiplas Recycling Ltda – que pertencem ao brasileiro Julio Cesar Rando da Costa, que mora em Swindon, na Inglaterra.


 


Benn teria admitido à imprensa que as leis que regem o envio de lixo para outros países podem não estar sendo devidamente cumpridas, e teria dito ao jornal que “se, depois de olharmos este caso em particular, haja lições a serem aprendidas sobre o cumprimento das leis, faremos isso”.


 


“A Grã-Bretanha 'está largando lixo tóxico no Brasil'”, diz a reportagem do jornal Daily Telegraph. “Os contêineres deveriam estar transportando lixo reciclável, mas alega-se que, na verdade, continham lixo doméstico tóxico e lixo industrial”, diz o jornal.


 


No Guardian, a matéria vem com o título: “Lixo perigoso britânico é deixado para apodrecer nos portos brasileiros”. O diário comenta que a descoberta causou nojo e o medo de que o Brasil esteja sendo usado como depósito de lixo, em violação ao tratado internacional de transferência de lixo perigoso.


O Guardian ainda afirma que empresas européias que tentam burlar regulamentações domésticas, tradicionalmente usam a África como um depósito para lixo perigoso. O Independent também comenta a história, afirmando que “lixo perigoso britânico 'é largado em porto brasileiro'”.


 


Segundo o jornal, “a Agência de Meio Ambiente, que é responsável pelo cumprimento da Convenção da Basiléia (que proíbe o envio de lixo tóxico para outros países) na Grã-Bretanha, confirmou que está investigando os envios, que causaram raiva no Brasil”.


 


O Independent ainda destaca que as empresas responsáveis pela exportação dos contêineres pertencem a dois imigrantes brasileiros que chegaram a Grã-Bretanha há seis anos para trabalhar como operários. E no tablóide The Sun, a manchete para a história é, simplesmente, “Está fedendo”.


 


Fonte: BBC Brasil