Sem categoria

General diz que 7 bases da Colômbia podem servir aos EUA

O comandante das Forças Armadas da Colômbia, general Freddy Padilla de León, informou nesta terça-feira que – nem três, nem cinco – sete é o número de bases colombianas que serão usadas pelos militares norte-americanos, caso Bogotá e Washington alcancem o acordo bilateral sobre o tema.

Padilla, que exerceu temporariamente o cargo de ministro da Defesa até a última semana, explicou que as bases aéreas de Malambó, no norte do país, Palanqueros, no centro, e Apiay, no leste colombiano, estão entre as unidades que devem ser utilizadas pelo Exército dos Estados Unidos.

Segundo ele, o exércido norte-americano também terá permissão para operações nas bases do Exército em Tolemaida, no centro do país, e Larandia, no sul, além de duas instalações da marinha, uma na costa norte, em Cartagena, e outra no Pacífico.

Talvez para amenizar as críticas à ampliação da presença militar norte-americana no continente, Padilla afirmou que as tropas estadunidenses também estariam em condições de apoiar os países vizinhos, se estes assim solicitem.

O anúncio do ministro da Defesa se deu justamente antes de começar a Conferência de Segurança da América do Sul (SouthSec), organizada em forma conjunta pelas Forças Militares da Colômbia, e o Comando do Sul dos Estados Unidos, com a presença de Comandantes Gerais de dez países.

Tal conferência se organizou com o fim de explicar os alcances do acordo de extensão militar entre as nações. Segundo indformou o Minsitério da Defesa, esté será um espaço para que os comandantes militares da América do Sul analisem temas nacionais estratégicos que tenham incidência regional.

No evento, no qual será possível intercambiar experiências e conhecimentos sobre temas de interesse comum para o continente, participam comandantes gerais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Estados Unidos. A ideia é discutir o futuro das Forças Armadas na América do Sul.

Segundo Freddy Padilla de León, o propósito da conferência é "estreitar laços de confiança, cooperação e amizade das Forças Armadas e de seus comandantes da América do Sul e do sul dos Estados Unidos".

Os EUA são representados pelo comandante norte-americano, general Douglas Fraser, que chegou à Colômbia na semana passada para uma série de reuniões sobre o acordo que deve ser firmado entre Washinfgton e Bogotá.

O pacto militar causou mal-estar em alguns países da América Latina, entre eles a Venezuela, que acusou o acordo de representar uma "ameaça" a seu país. Os governos de Brasil e Chile propuseram que o tema seja discutido na próxima cúpula de chefes de governo da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que será realizada no próximo dia 10 de agosto, em Quito.

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, contudo, cancelou sua presença na conferência, anunciando que fará um giro pela América do Sul, passando por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai.

Durante sua visita aos governos da região Uribe deverá explicar os detalhes do acordo que está sendo negociado com a presidência dos Estados Unidos. O mandatário também comentará a relação do plano com a Unasul.

A série de visitas de Uribe começou hoje, em Lima, onde o governante se encontra com o presidente peruano, Alan García. O encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acontecerá na quinta-feira, em Brasília.

Com ABN e Ansa