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Temer recebe centrais: luta pela redução da jornada avança

Os presidentes das centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira (6) com o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95 — que, se aprovada, reduzirá a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a redução de salários. Ficou acertado que a Câmara convocará uma Comissão Geral no próximo dia 18 para discutir a medida.

A comissão é, na verdade, uma sessão plenária especial da Câmara para debater assunto relevante ou projeto de iniciativa popular. Nesse tipo de sessão plenária a palavra é aberta a convidados, diferentemente do que ocorre nas sessões, nas quais apenas deputados podem usar a palavra. No dia 18, farão uso da palavra empresários e lideranças sindicais.

Além disso, será convocada uma reunião do colégio de líderes com o intuito de levar a votação da proposta em plenário durante o mês de setembro. A PEC 231/95 também eleva o adicional da hora extra de 50% para 75% do valor da hora trabalhada. Em junho, o texto foi aprovado por unanimidade na comissão especial que analisou o tema.

Ao lado de lideranças da Força Sindical, CUT, NCST, CGTB e UGT, o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, avaliou que o resultado da reunião foi positivo, já que atendeu às principais expectativas das centrais. Além da reunião com o presidente da Câmara, os sindicalistas farão reuniões com os líderes das bancadas para negociar apoio dos partidos para a inclusão da matéria na pauta do plenário em setembro.

Segundo Wagner, outra importante iniciativa do movimento sindical é a manifestações programada pelas centrais para o dia 14 de agosto. Nesta data, ocorrerão atos públicos em todas as capitais em defesa da redução da jornada e outras reivindicações de interesse dos trabalhadores.

Para o presidente da CTB, a unidade das centrais e dos movimentos sociais é fundamental para a aprovação da PEC e combater os efeitos da crise econômica internacional. “Somente com a unidade do movimento será possível enfrentar a crise. resistir aos ataques e conquistar direitos”, afirma Wagner.

“A CTB defende com toda convicção essa unidade das centrais e defende também a convocação unitária de uma nova Conclat (Conferência das Classes Trabalhadoras) para debater a conjuntura e aprovar bandeiras unitárias e uma plataforma da classe trabalhadora para 2010”, agrega o presidente da CTB. “Seria uma pacto de ação. Esta é a proposta da CTB e estamos trabalhando para que isso aconteça.”

Da Redação, com informações do Portal CTB