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China pode recorrer da decisão da OMC sobre audiovisual

A China disse que pode recorrer de uma sentença da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as restrições de Pequim à importação de filmes e livros, em mais um capítulo de seus atritos com Washington por causa de acessos a mercados.

O ministério chinês do Comércio disse "lamentar" que a OMC tenha acatado a queixa dos EUA contra o monopólio chinês da importação de produtos culturais, o que segundo Washington prejudica suas editoras, as produtoras de Hollywood e as multinacionais do entretenimento.

"A China irá conscienciosamente avaliar a decisão do painel de especialistas, e não exclui a possibilidade de recorrer com relação aos pontos de preocupação para a China", disse nota do ministério. "Os canais para a entrada de publicações, filmes e produtos audiovisuais estrangeiros na China são extremamente abertos", acrescentou a nota.

O painel de arbitragem da OMC disse que a China não poderia usar suas metas de “censura” para justificar barreiras comerciais que violem as regras da OMC e os termos da adesão chinesa ao órgão, em 2001, segundo os EUA. Se a China recorrer contra a sentença, será mais uma disputa comercial opondo Pequim a Washington.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve decidir até 17 de setembro sobre restrições a importações de pneus da China, o que pode dar origem a propostas para restrições sobre diversos outros produtos industriais. O déficit comercial dos EUA com a China atingiu US$ 103 bilhões no primeiro semestre, uma redução de 13% em relação ao ano anterior, mas ainda uma fonte de tensão entre os dois governos.

Com agências