Sucessão : partidos começam a lançar nomes no Maranhão

Flávio Dino(PCdoB), Roberto Rocha(PSDB), Jackson Lago(PDT) e a atual governadora Roseana Sarney(PMDB) são os nomes até agora ventilados para a disputa do governo maranhense no próximo ano.

Aos poucos os partidos políticos no Maranhão vão sinalizando os projetos que estão esboçando para as eleições do ano que vem. Faltando ainda um pouco mais de 10 meses para o prazo final de convenções, quase todos se apressam em emitir pelo menos alguns sinais do que pretendem.
O PCdoB largou na dianteira e colocou o nome do deputado federal Flávio Dino à disposição para o debate “das demais forças políticas e dos movimentos sociais”. Candidato da Coligação Unidade Popular, Dino foi ao segundo turno nas eleições do ano passado numa campanha em que largou de um patamar em torno de apenas 4% das intenções de voto. O PCdoB mantém conversas freqüentes com dirigentes do PSB e PT, partidos com os quais pretende se coligar. Ao mesmo tempo recebe novos filiados e abre diálogo com setores de outros partidos políticos.
O PSDB concordou com o movimento do PPS, seu aliado também no estado, que lançou o nome do deputado federal Roberto Rocha como candidato a governador. Filho de ex-governador(Luiz Rocha, 1983 a 1986), foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2006. Já disputou o governo em 2002, mas renunciou faltando uma semana para o pleito e anunciou apoio a Jackson Lago(PDT), que acabou derrotado ainda no primeiro turno por José Reinaldo Tavares, então no PFL(DEM).
O ex-governador Jackson Lago, cassado no início do ano pelo TSE por abuso de poder político, ainda não anunciou se será candidato, mas faz movimentos como se fosse. Retomou uma agenda de contatos com lideranças e de viagens a cidades do interior. Lago foi eleito governador no segundo turno das eleições de 2006 com o apoio de uma ampla coalização partidária que incluía, entre outros, PDT, PSDB, PT, PSB e PCdoB. Com a sua cassação o governo voltou ao comando do grupo Sarney tendo à frente a governadora Roseana.
E é exatamente Roseana quem emite menos sinais do que pretende fazer. Ela assumiu o governo para um período inferior a dois anos e enfrenta os efeitos do vendaval de denúncias contra seu pai, o senador José Sarney. Roseana parece esperar que o seu governo funcione para então delinear o projeto para 2010. Nos bastidores da política maranhense, contudo, é dado como certo o seguinte cenário: – ou a própria Roseana disputa o governo ou o ministro Edson Lobão será escalado para a tarefa.
Até o final do ano alguns movimentos das forças políticas clarearão mais os cenários ainda nebulosos. O início de outubro é prazo final para quem quer e pode mudar de legenda ou de domicílio eleitoral, o que permitirá uma aproximação maior daquilo que pode acontecer em 2010. Até o início do anos, muitos cenários com certeza serão prospectados, montados e desmontados ao sabor das articulações partidárias.

(Márcio Jerry, de São Luis)