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Lula, PMDB e PT discutem formação de aliança para 2010

A eleição de 2010 foi o tema da reunião desta segunda-feira entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, e os líderes do PMDB e do PT, na Câmara, deputados Henrique Alves (RN) e Cândido Vaccarezza (SP) respectivamente.

A eleição de 2010 foi o tema da reunião desta segunda-feira entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, e os líderes do PMDB e do PT, na Câmara, deputados Henrique Alves (RN) e Cândido Vaccarezza (SP) respectivamente.

O encontro foi realizado no escritório regional da Presidência da República, em São Paulo. Após a reunião, o deputado Michel Temer disse que foi feita uma análise sobre a situação política de cada estado dentro de um cenário de alianças partidárias em torno de uma candidatura única dos dois partidos para a Presidência da República.

Temer afirmou que cinco estados foram apontados como prioritários para que as discussões em torno das alianças partidárias sejam aprofundadas: Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Para Berzoini, a situação no Rio Grande do Sul é a mais complicada, porque “há uma quase impossibilidade de aliança entre o PT e o PMDB”. Ele citou também a Bahia, onde existe um “conflito” entre o ministro da Integração Nacional, Gedel Vieira Lima, e o governador Jaques Vagner. Berzoini luta para que Wagner seja o candidato a governador e o PMDB lance o candidato ao Senado na Bahia. Problemas semelhantes acontecem em vários outros estados, como o Pará, onde a governador Ana Julia Carepa (PT) pretende disputar a reeleição, mas Jader Barbalho tem colocado obstáculos. No Rio, é o petista Lindbergh Farias que dificulta a vida do governador Sergio Cabral, que deve ser candidato à reeleição pelo PMDB. O grupo formado por Lula vai arbitrar essas disputas regionais para fortalecer o palanque dos dois partidos em todo o país.

O presidente do PT, no entanto, ressaltou que as conversas têm por objetivo minimizar as divergências para unir os partidos da base aliada em torno de um único nome para a Presidência da República. “Nós temos trabalhado para manter, no mínimo, uma situação de respeito, para que não haja um grau de agressividade que dificulte, por haver uma briga no estado, um palanque único para a eleição presidencial”, disse.

Lula quer que esse grupo se reúna semanalmente.

A aproximação entre o PMDB e o governo Lula tornou-se mais sólida depois que o presidente Lula e o PT aceitaram fazer a defesa pública do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mesmo tendo de pagar alto preço político de desgaste junto à parcela da opinião pública influenciada pela mídia. Mas nas contas dos governistas, a formalização de uma aliança em 2010 vale o preço pago.

Antes da crise no Senado se agravar, o PSDB alimentava a esperança de poder atrair o apoio do PMDB, mas os tucanos já consideram esta hipótese pouco provável. Lutam, agora, para tentar manter, pelo menos, o apoio de Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista. Mas mesmo este apoio está sob risco de não se efetivar, pois Quércia tem percebido que será difícil apresentar-se como candidato do conglomerado tucano enquanto todo o resto do PMDB marchará ao lado do PT e aliados na disputa nacional.

Com informações da Agência Brasil