Brasil receberá do FMI US$ 3,9 bi em direitos de saque
As reservas internacionais brasileiras receberão nos próximos dias um aporte do Fundo Monetário Internacional de cerca de US$ 3,9 bilhões em Direitos Especiais de Saque, informou o Banco Central (BC).
Publicado 27/08/2009 11:34
O repasse refere-se à decisão global de ampliar a capacidade de empréstimos do Fundo em US$ 250 bilhões após o agravamento da crise financeira. "O objetivo foi constituir um colchão de liquidez para ajudar os integrantes do organismo a melhor enfrentar a crise financeira internacional", citou o BC em nota.
"Os recursos serão incorporados às reservas internacionais nos dias 28 de agosto e 9 de setembro." Os Direitos Especiais de Saque são "ativos de reserva", ou uma espécie de moeda do FMI, criados pelo Fundo com a finalidade de gerar liquidez aos países membros do organismo.
Com o agravamento da crise internacional, foi definido um aporte execpcional de US$ 250 bilhões em direitos aos membros do Fundo, recursos que serão distribuídos no dia 28. Adicionalmente, foi acertada uma segunda alocação para o dia 9 de setembro, como forma de tornar o sistema mais equilibrado para os países que aderiram ao fundo depois de 1981, ano da última alocação do ativo.
Contribuição
Os países que enfrentem dificuldades de liquidez podem, a qualquer momento, solicitar ao FMI a troca de seus Direitos Especials de Saque por moeda conversível. Nesses casos, os países com situação externa considerada robusta são convocados a fornecer essa liquidez, aceitando receber mais DES em troca de moeda. Pelas regras do Fundo, o Brasil pode, em tese, ser convocado a fornecer até US$ 9 bilhões a outros países membros em troca de Direitos Especiais de Saque.
Mas a diretora de Assuntos Internacionais do BC, Maria Celina Arraes, afirmou que a expectativa é que uma eventual demanda por uma contribuição do Brasil seja bem menos expressiva. "O fundo pode conseguir acordos voluntários, principalmente de emissores de moedas conversíveis", afirmou a diretora.
Com agências