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Brasília sedia congresso sobre uso de softwares livres

O evento, que integra o calendário do Ano da França no Brasil, foi aberto pelo presidente Lula, que destacou a importância da TI no desenvolvimento do país

O presidente Luís Inácio Lula da Silva inaugurou na noite de quarta-feira (26) o 2º Congresso Internacional de Software Livre e Governo (Consegi). O evento faz parte da programação oficial do Ano da França no Brasil, e discute em sua programação, até sexta-feira (28), na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília, soluções para o desenvolvimento de plataformas e aplicativos de uso livre que permitam um maior acesso às novas tecnologias da informação pela administração pública e promovam a inclusão digital.

Acompanhado dos ministros da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, da Educação, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, além do secretário do Comitê Executivo de Governo Eletrônico, Rogério dos Santos, e dos diretores do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da Esaf, o presidente da República ressaltou a importância do tema. “O software livre mostra que ainda existe espaço para o trabalho colaborativo e a partilha do conhecimento entre os países, para que a tecnologia da informação se torne, cada vez mais, um fator de integração social”, discursou o presidente Lula.

Comissário-Geral do Comissariado Brasileiro do Ano da França no Brasil, o embaixador Roberto Soares de Oliveira lembrou a importância da integração entre franceses e brasileiros. “Esse congresso confirma a agenda comum entre França e Brasil em termos de software livre, que é uma questão de soberania nacional valorizada pelos dois países”, afirmou o embaixador.
Com um mercado de 12 milhões de computadores produzidos legalmente em 2008, como lembrou o ministro Sérgio Rezende, o Brasil tem na tecnologia da informação um de seus mais dinâmicos setores, e promete ser um paradigma mundial, como mostram os US$ 30 bilhões produzidos pelo mercado de software livre – contra US$ 20 bi da Índia – e os quase 120 mil estudantes de graduação e pós-graduação que hoje se dedicam à área. “A demanda por computadores superou até os televisores na preferência das famílias brasileiras. E o software livre participa desse processo, em prol da inclusão social”, destacou Rezende.

Para o engenheiro de computação Wagner Melo, 27 anos, o congresso é uma oportunidade para que também empresas do setor privado se adaptem à ideia do software público e livre, como já vem fazendo o governo federal. “A expectativa com esse encontro é que o governo abra ainda mais o leque de opções para o uso dessas tecnologias, sem esquecer a importância do evento na integração dos países nesse modelo”, avaliou Melo, que veio de Salvador para participar do congresso.