Governo estuda modelo para desenvolver micros em regiões pobres
O governo formula plano de desenvolvimento estratégico para estimular o empreendedorismo nas periferias e regiões pobres. A tarefa está a cargo da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em conjunto com alguns ministérios, informou o ministro interino da Secretaria, Daniel Vargas, em visita à organização não governamental (ONG) Observatório de Favelas, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. O objetivo da visita foi conhecer potencialidades e experiências inovadoras na comunidade.
Publicado 31/08/2009 13:15
Hoje, o grande desafio do Brasil é identificar maneiras eficazes de democratizar as oportunidades de produção para esses empreendedores emergentes que vieram de baixo. Mexer nas regras que organizam a atuação das instituições públicas para oferecer a esse público condições de acesso ao crédito, à capacitação gerencial", afirmou o ministro interino.
Segundo o ministro, os programas sociais e de transferência implementados nos últimos anos estimularam um novo mercado consumidor nas periferias e regiões mais pobres do país, criando uma nova classe de empreendedores emergentes, na sua maioria informais. Investir nesse público significa fortalecer o mercado interno, gerar novos empregos locais e conseqüentemente inclusão social.
O ministro falou que em algumas cidades, pequenos e médios empresários já mudaram a realidade do Brasil, apesar da falta de apoio e assistência. As cidades de Toritama e Caruaru, em Pernambuco, no meio do semi-árido nordestino, são responsáveis pela produção de 30% de todo o jeans produzido no país. Vargas já esteve no Nordeste, na Amazônia e no Centro Oeste e pretende visitar periferias nas principais capitais do país antes de consolidar as diretrizes do novo modelo, que, segundo ele, será concluído nas próximas semanas.
A informação é do Monitor Mercantil