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Desfile festeja independência e o ano da França no Brasil

Nesta segunda-feira, o Brasil comemora seu 187º aniversário de Independência e cerca de 10 mil pessoas prestigiaram o tradicional desfile do 7 de setembro em Brasília. Este ano, o evento foi ainda mais especial para os brasilienses, já que no ano que vem Brasília completa 50 anos de fundação. Outra comemoração importante que diferenciou a festa desta vez foi a presença do presidente francês, Nicolas Sarkosy, que recebe homenagem em razão do Ano da França no Brasil.

Desfile 7 de setembro 2009 em Brasília - Marcello Casal Jr/ABr

A festa foi a primeira das comemorações da Semana da Pátria em Brasília. No início do evento, foram executados por músicos do exército o hino nacional e o hino da Independência.

Às 9h25, a pedido de Marisa, o artista plástico Camasmie entregou pessoalmente um presente para Sarkozy. Trata-se de um quadro com a fusão das imagens de Lula e Presidente da França, com as bandeiras dos dois paises.

Devido ao ano da França no Brasil, o País tem participação especial nos festejos. Além da bandeira francesa, a banda da marinha francesa, com o primeiro regimento de infantaria da guarda republicana de honra, a patrulha acrobática francesa, e o terceiro regimento estrangeiro de infantaria da legião estrangeira participam da parada.

Às 9h32, alunos de escolas públicas entraram segurando as bandeiras dos países e proclamando "liberté, egalité, fraternité" ("Liberdade, Igualdade, Fraternidade" – lema que marcou a Revolução Francesa, em 1789).

O desfile contou com a participação de 4450 pessoas – 3300 militares e 1150 civis, 94 viaturas, entre blindados, tanques e caminhões, 51 motos e 231 cavalos. Uma pirâmide humana, com 30 homens em uma moto foi destaque pirotécnico. Houve manifestações culturais, como o bumba-meu-boi do Seu Teodoro, a Orquestra Popular Municipal da Ceilândia, o Centro Cultural Raízes do Brasil, além do espetáculo da Esquadrilha da Fumaça.

Às 10h05, ocorreu o momento mais francês do desfile de 7 de setembro: a banda da Marinha Francesa se apresentou. Logo depois, o Primeiro Regimento da Infantaria da Guarda Republicana, que é a Infantaria de Honra, responsável pela segurança interna da casa do presidente da França, fez sua passagem.

O tema da Semana da Pátria deste ano é a confiança e o mote é "Independência é para festejar". A ideia é valorizar o fato de o País ter se destacado no cenário mundial no enfrentamento da crise econômica.

Às 11h00, o Batalhão da Guarda Presidencial, em bela apresentação, conquistou o silêncio da plateia e, depois, aplausos emocionados.

Entre os presentes, estavam o ministro da Educação, Fernando Hadadd, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulce, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a ministra Ellen Gracie do Supremo Tribunal e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).

A festa custou aos cofres públicos R$ 1.7 milhão, segundo levantamento da ONG Contas Abertas, obtidos por meio de pregão eletrônico. O montante é 21% menor que o gasto no ano anterior.

Protestos

Durante o desfile, um grupo de cerca de 50 manifestantes vestidos de preto protestou contra os políticos presentes. Eles usaram alguns dos símbolos que envolveram o processo de crise o senado nos últimos meses, como o cartão vermelho usado por Suplicy e placas de "Fora Sarney". Barulhentos, gritavam "sou Brasileiro, sou patriota, mas não sou idiota". A manifestação foi convocada pela internet e pelo microblog Twitter.

"Esse cartão vermelho é um símbolo que o Suplicy colocou e a gente está usando para mostrar nossa indignação perante o Senado. Não é só contra o Sarney, é contra a imagem que os senadores possuem em relação à sociedade", disse Alexandre Fortunato, estudante de arquitetura e presidentre do diretório acadêmico da Universidade de Brasília.

Ao final do desfile, os estudantes tentaram chegar ao palanque das autoridades com faixas pedindo a saída do presidente do Senado, José Sarney, mas a polícia não permitiu. Quando os manifestantes chegaram ao local do desfile, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, da França, convidado de honra este ano, já haviam deixado o local.

Outro grupo, menor, se manifestou contra a possível extradição do esquerdista Cesare Batisti, condenado à prisão perpétua na Itália por homicídio e detido dia 18 no Rio de Janeiro. O Supremo Tribunal Federal (SFF) deverá analisar o caso ainda nesta semana.

Com informações da Agência Brasil