As privatizações de Amazonino que só prejudicam o povo

Enquanto os movimentos sociais debatem em seus fóruns estratégias a serem traçadas com o intuito de se contrapor ao retorno da direita e suas medidas neoliberais no país, em Manaus o prefeito Amazonino Mendes já colocou o retrocesso um passo mais adiante. Dessa vez, ele anunciou que irá privatizar o órgão municipal de fiscalização do transporte.

O anúncio foi feito durante reunião em que Amazonino ouvia os taxistas. Na ocasião, disse que o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) está repleto de funcionários que recebem propina em detrimento do cumprimento de suas funções públicas.

A ocorrência da qual os funcionários do IMTT foram acusados, caso seja comprovada, segue à risca a linha política adotada pelo próprio Amazonino no comando do executivo municipal. A mesma pauta do transporte é o indício mais relevante do favorecimento ilegal, inclusive, que o prefeito concede aos empresários da área.

Isto porque a situação do transporte coletivo em Manaus é reflexo da aceitação das propostas do Sindicato das Empresas de Transportes (Sinetram) por parte de Amazonino, que as sintetizou no projeto encaminhado e aprovado pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) no final do mês de junho.

Desde lá, milhares de estudantes enfrentam, diariamente, longas e demoradas filas para adquirir os créditos da reduzida meia passagem, os usuários em geral pagam um valor maior para usarem ônibus com péssimas condições de uso operados por trabalhadores que não recebem por completo todos os direitos trabalhistas que têm direito.

A privatização do IMTT, que na prática deveria fiscalizar essas ingerências, deixa ainda mais a população sem a garantia de um sérvio publico prestado com qualidade.

De Manaus,
Anderson Bahia