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Centro-esquerda mantém governo na Noruega

A coalizão de esquerda no governo da Noruega conservou a maioria no parlamento após as eleições legislativas desta segunda-feira (14), segundo projeções baseadas em 63% dos votos. A coalizão de centro esquerda obteve 87 das 169 cadeiras do Parlamento, contra 82 para a direita, sendo 40 para os membros do Partido do Progreso.

São necessárias 85 cadeiras para se obter a maioria absoluta e o resultado repete o desempenho da coalizão nas legislativas anteriores, em 2005. Jens Soltenberg manteve assim seu cargo como primeiro-ministro.

Stoltenberg lidera uma aliança entre trabalhistas, socialistas e centristas. Líder do Partido Trabalhista, o atual primeiro-ministro norueguês é um economista de 46 anos.

A formação mais votada foi o Partido Trabalhista, seguida do Partido Progressista de Siv Jensen, na oposição. Em terceiro lugar os eleitores elegeram o Partido Conservador, também na oposição, liderado por Erna Solberg.

Para a presidente da Comissão de Desenvolvimento do Parlamento Europeu, a juíza norueguesa Eva Joly, a coligação de esquerda deverá seguir o mesmo rumo a nível interno – num país onde o poder de compra aumentou 20 por cento nos últimos anos – mas, também, a nível externo:

“É a primeira vez em 40 anos que os eleitores reconduzem um governo ao poder com maioria. Isto nos leva a crer que a política em vigor é de continuidade, ou seja, a Noruega vai continuar a ser um dos principais fornecedores de eletricidade da União Europeia. É importante dizer que o país fornece cerca de 30% de gás à França, Bélgica e Alemanha. Não existem, por isso, razões que nos levem a acreditar que esta política vá mudar.”

Em um momento em que a Islândia prepara a candidatura para aderir à União Europeia, coloca-se em questão na mídia norueguesa se o país também seguirá o exemplo.

“É evidente que essa questão volta à tona, mas na Noruega esse assunto é um tabu. Isso porque o tema foi questionado em referendo em 1972 e em 1994 e os resultados foram negativos. Por isso, se o governo de coligação reconduzir a questão da adesão, não vai ser bem visto” afirma.

Da redação, com agências internacionais