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Omara Portuondo lança disco com ponta de Chico Buarque

As semelhanças entre Brasil e Cuba vão muito mais além do que a barba dos seus maiores representantes políticos nos últimos anos. E, em se tratando de música, uma das representantes do país caribenho que mais pode fazer este paralelo é a cantora Omara Portuondo, 78, que está lançando Gracias, disco comemorativo dos seus 60 anos de carreira. O brasileiro Chico Buarque participa de uma faixa.  

Por telefone, do Rio, ela conta que ouvia música brasileira desde garota, através de um amigo que era profundo admirador da MPB. “Brasil e Cuba têm muitas coisas em comum. O ritmo, alegria da vida, o jeito positivo e até a comida”, lista Omara.

O álbum Gracias é realmente bom, como seria de se esperar. Omara fica rodeada de grandes nomes latino-americanos para lembrar sucessos e também inserir músicas que ela não havia interpretado, como “Yo vi”, que abre o álbum.

Chico Buarque aparece na terceira faixa do disco produzido por dois brasileiros, Alê Siqueira e Swani Jr., com “O que será?”. A versão, ainda que sem fugir muito do arranjo tradicional, ganha nova vida na voz da cubana – e é sempre interessante ver Chico reinterpretando um dos grandes sucessos de sua carreira.

A cantora divide espaço ainda com o uruguaio Jorge Drexler, autor de “Al otro lado del rio”, do filme Diários de Motocicleta, e com o cubano Pablo Milanés. A neta de Omara, Rossío Jiménez, compartilha com a avó a tradicional “Cachita”. Por fim, Omara reinterpreta a clássica “Gracias a la vida”, este sim em um arranjo diferente do cotidiano.

Omara Portuondo, apesar do longo tempo de carreira, ficou famosa mundialmente apenas em 1999 graças a “Buena Vista Social Club”. Em 2007, ela e Maria Bethânia gravaram em conjunto um álbum. As músicas de Gracias podem ser ouvidas parcialmente na página da cantora (http://www.omaraportuondo.com).

Com agências