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Oscar Arias se reúne com candidatos hondurenhos

O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador na crise política de Honduras, deve se encontrar hoje, em seu país, com pelo menos quatro dos seis candidatos presidenciais hondurenhos. Arias pretende reafirmar aos candidatos que, seja quem for o vencedor das eleições de 29 novembro, não será aceito pela comunidade internacional.

"A ideia é conversar com eles francamente sobre se faz sentido para um aspirante à presidência em Honduras vencer as eleições se o futuro governo não vai ser reconhecido pela comunidade internacional e as sanções vão continuar ou até aumentar", afirmou Arias.

As eleições já estavam marcadas quando o presidente Manuel Zelaya foi deposto, em 28 de junho, e substituído por Roberto Micheleti. Desde então, os EUA e a União Europeia cortaram parte da ajuda financeira ao país. Além disso, muitos países, incluindo o Brasil, já anunciaram que não reconhecerão os resultados da votação.

A exigência desses países é que Micheletti aceite a chamada Proposta de San José, que prevê a volta de Zelaya antes de novembro. O presidente de fato declarou ontem que somente uma invasão dos Estados Unidos o tiraria do cargo.

"Os candidatos são os mais interessados em que a Proposta de San José possa ser implementada porque isso legitimaria o processo eleitoral e seu vencedor", disse Arias.

Até a noite de ontem, os candidatos que aceitaram se encontrar com Arias foram: Porfirio Lobo Sosa, do Partido Nacional; Elvín Santos, do Liberal; Bernard Martínez, do Inovação e Unidade e Felícito Ávila, do Partido Democrata Cristão. César Ham, do esquerdista Unificação Democrática, e Carlos Reyes, candidato presidencial independente, não haviam dado uma resposta.

Em Manágua, na Nicarágua, Zelaya fez um apelo para que os hondurenhos não participem das eleições. "Não se deve participar em nenhuma atividade eleitoral até que eu esteja novamente à frente do governo da República", declarou Zelaya ao comando das ações de resistência ao golpe de Estado, segundo um comunicado da embaixada de Honduras em Manágua.

O regime de fato em Honduras, presidido por Roberto Micheletti, pretende legalizar o golpe de Estado por meio das eleições para ficar no poder, declarou Zelaya.

Com agências