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Apoiadores de Micheletti se reúnem secretamente com candidatos

Componentes do governo deposto de Manuel Zelaya denunciaram na quarta-feira (16) que quatro dos seis candidatos às eleições presidenciais se reuniram secretamente, no último fim de semana, com integrantes e apoiadores do governo provisório de Roberto Micheletti.

Segundo nota publicada, Elvin Ernesto Santos, Pepe Lobo, Bernard Martínez e Felicito Ávila "puseram em evidência o arranjo político que, durante esses meses, haviam tratado de manter em segredo".

De acordo com a denúncia, os quatro candidatos se reuniram com Carlos Flores Facussé, Camilo Atala, Luis Alberto Rubí, o cardeal Oscar Rodríguez, Arturo Corrales e Ricardo Alvarez.

Eles "se comprometeram a boicotar o Plano Arias, proposto pela secretária de Estado [dos Estados Unidos] Hillary Clinton, negando-se, assim, a restituir o presidente Zelaya".

"Queremos evidenciar a conduta antipatriótica desses candidatos que têm preferido apoiar o plano dos golpistas de realizar, a sangue e fogo, umas eleições ilegítimas, dando as costas para a maioria do povo hondurenho", repudiou a nota.

No último dia 30, o governo provisório de Roberto Micheletti iniciou as campanhas publicitárias para as eleições gerais em Honduras, previstas para o próximo dia 29 de novembro.

Os seis candidatos à presidência são Elvin Santos (Partido Liberal), Porfirio "Pepe" Lobo (Partido Nacional), Felícito Ávila (Democracia Cristiana), Bernard Martínez (Partido Innovación y Unidad), César Ham Peña (Unificación Democrática) e Carlos H. Reyes (independente).

Uruguai não reconhecerá eleições

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, afirmou nesta quinta-feira (17) que não reconhecerá o resultado das próximas eleições gerais hondurenhas se antes esse país não restaurar a ordem constitucional. As informações são da TeleSul.

"Uruguai não reconhecerá um eventual governo que pudesse surgir da atual conjuntura nesse país e que tanto dói nos seus irmãos americanos", declarou Vázquez após a sessão especial do conselho permanente da OEA.

Espanha proíbe hondurenhos, mas Bélgica mantém embaixador

O governo espanhol proibiu, em seu território, a entrada do presidente do Parlamento de Honduras, vários ministros e outros representantes do governo de Roberto Micheletti. No entanto, a Bélgica mantém o embaixador hondurenho, Ramón Custodio Espinoza, que representa o governo de Micheletti. A Comissão Europeia rechaçou a manutenção, mostrou a TeleSul.

O governo espanhol "reitera seu apoio ao trabalho de mediação do presidente da Costa Rica, Óscar Arias, e espera que essas medidas contribuam para o restabelecimento da normalidade constitucional em Honduras", mostra um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha.

Os espanhóis ainda proibiram a entrada do presidente da Corte Suprema de Justiça, Jorge Alberto Rivera Avilés; do magistrado José Tomás Arita; e do procurador geral Luis Alberto Rubí Águila.

Já na Bélgica, o embaixador hondurenho, Custodio, foi retirado de suas funções no último dia 7 de julho por Zelaya, mas é mantido pelo país. Ele é acusado de diversos delitos durante sua trajetória como representante do país centro-americano.

Nesta semana, o Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia aprovou um documento que recorre à decisão de iniciar os procedimentos oportunos para restringir a entrada de Custodio em território europeu.

Oficina de rádio para mulheres

A Associação Mundial de Rádios Comunitárias para a América Latina e Caribe (AMARC ALC) começou quinta-feira (17), na capital hondurenha Tegucigalpa, uma oficina de rádio para mulheres. A atividade se volta para organizações sociais e meios de comunicação em Tegucigalpa e se encerra no próximo dia 22. As informações são da Pulsar.

O objetivo é defender a liberdade de expressão das mulheres hondurenhas nos meios de comunicação, no marco da crise política causada pelo golpe de Estado.

A oficina será facilitada pela Associação Latino-Americana de Organizações para o Desenvolvimento (ALOP) e pelas rádios comunitárias da AMARC Honduras. Ela é continuidade da Missão para a Liberdade de Expressão, que visitou o país no mês de agosto.