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Morales manda fechar centros de apoio financiados pelos EUA

O Governo Evo Morales pediu o fechamento de todos os programas de apoio ao setor de justiça financiados pela agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento internacional (Usaid), informa neste sábado a imprensa local. 

O chanceler David Choquehuanca disse ao diário La Razón que o ministro de Planejamento e Desenvolvimento, Noel Aguirre, enviou uma carta à agência americana para informar que deve fechar seus programas antes de 25 de novembro.

Choquehuanca apontou que os Governos de Bolívia e EUA estão "em processo de negociação sobre a cooperação" da Usaid e acrescentou que "há vários programas" sujeitos a uma avaliação.

Já Aguirre disse ao jornal La Prensa que se pretende iniciar um processo de reorganização da cooperação dos EUA para que os recursos que eram investidos nos programas de justiça sejam desviados para as áreas social e produtiva.

Segundo esse diário, a Embaixada dos EUA na Bolívia disse estar comprometida desde maio com um diálogo mais amplo, atualmente em curso, com o Governo da Bolívia, e que um dos temas em discussão é a cooperação internacional.

A Usaid financia há cinco anos o funcionamento de 13 centros de justiça em cidades dos departamentos (estados) de La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, onde é dado atendimento legal gratuito à população.

Desses 13 centros, 11 passaram à administração do Governo em maio passado, enquanto os outros dois foram fechados no início de setembro, segundo o diário "La Razón".

O presidente boliviano acusou no início do mês a agência americana de financiar a campanha de opositores para as eleições gerais de 6 de dezembro.

Em 2008, Morales também denunciou que a Usaids, a agência antinarcóticos dos EUA (DEA) e o embaixador americano Philip Goldberg conspiravam contra seu Governo.

Morales e o Governo Barack Obama tentam desde maio melhorar a relação bilateral.

Fonte: EFE