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Revista Nova África resgata o desterro de Tomás Gonzaga

O capítulo de estréia da revista Nova África, na sexta, 25, 10 da noite, na TV Brasil, resgata um episódio pouco conhecido da História: o desterro (degredo) do poeta Tomás Antonio Gonzaga, um dos inconfidentes, na ilha de Moçambique.

África

Na foto ao lado, a repórter Aline Midlej conversa com uma descendente do poeta, dona de pousada na ilha, enquanto o repórter Henry Ajl prepara a câmera. Segundo Luiz Carlos Azenha, um dos diretores do documentário, é surpreendente "o impacto que a TV brasileira tem naquela região remota de Moçambique".

Entre as entrevistadas estão adolescentes macua que se equilibram entre preservar as tradições locais e aderir aos modismos que chegam de fora.

Tomás Antonio Gonzaga

Tomás Antônio Gonzaga (Miragaia, Porto, 11 de agosto de 1744 — Ilha de Moçambique, 1810), cujo nome arcádico é Dirceu, foi um jurista, poeta e ativista político luso-brasileiro. Considerado o mais proeminente dos poetas árcades, é ainda hoje estudado em escolas e universidades por seu "Marília de Dirceu" (versos notadamente árcades feitos para sua amada).

Por seu papel na Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (primeira grande revolta pró-independência do Brasil), trabalhando junto de outros personagens dessa revolta como: Cláudio Manoel da Costa, Silva Alvraenga e Alvarenga Peixoto, é acusado de conspiração e preso em 1789, cumprindo sua pena de três anos na Fortaleza da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, tendo seus bens confiscados. Em alguns versos que escreveu e durante seu julgamento, negou participar do movimento dos inconfidentes. Em 1792, sua pena é comutada em degredo e o poeta é enviado à costa oriental da África, a fim de cumprir, em Moçambique, a sentença de dez anos.

No mesmo ano é lançada em Lisboa a primeira parte de Marília de Dirceu, com 33 liras (nota-se que não houve participação, portanto, do poeta na edição desse conjunto de liras, e até hoje não se sabe quem teria feito, provavelmente irmãos de maçonaria). No país africano trabalha como advogado e hospeda-se em casa de abastado comerciante de escravos, vindo a se casar em 1793 com a filha dele, Juliana de Sousa Mascarenhas ("pessoa de muitos dotes e poucas letras"),com quem teve dois filhos: Ana Mascarenhas Gonzaga e Alexandre Mascarenhas Gonzaga, vivendo depois disso, durante quinze anos, rico e considerado, até morrer em 1810, acometido por uma grave doença.

Em 1799, é publicada a segunda parte de Marília de Dirceu, com mais 65 liras. No desterro, ocupou os cargos de procurador da Coroa e Fazenda, e o de juiz de Alfândega de Moçambique (cargo que exercia quando morreu). Gonzaga foi muito admirado por poetas Romantismo/românticos como Casimiro de Abreu e Castro Alves. É patrono da cadeira de número 37 da Academia Brasileira de Letras.

Suas principais obras são: Tratado de Direito Natural; Marília de Dirceu (coleção de poesias líricas, publicadas em três partes, em 1792, 1799 e 1812 – hoje sabe-se que a terceira parte não foi escrita pelo poeta); Cartas Chilenas (impressas em conjunto em 1863).

As informações são da enciclopédia virtual Wickipedia

Ficha Técnica

Direção Geral: Henry Daniel Ajl e Luiz Carlos Azenha
Direção de Fotografia: Markus Bruno
Projeto editorial: Luiz Carlos Azenha e Conceição Oliveira
Coordenação de Produção: Tatiana Barbosa
Reportagem: Aline Midlej
Produção: Paulo Eduardo Palmério
Assistentes de produção: Erica Teodoro, Yuri Gonzaga
Montagem: Marco Korodi, Augusto Simões
Roteiro programa estréia: Eduardo Prestes Diefenbach
Roteiro: Angela Canguçu
Consultoria Histórica: Conceição Oliveira
Finalização Gráfica: Fernando Clauzet
Trilha Original e Mixagem: Rafael Gallo
Coordenação de Pós-produção: Eduardo Prestes Diefenbach
Narração: Phil Miler
Narração "Os Lusíadas" de Luís Vaz de Camões: Gero Camilo
Agradecimentos a: Carlos Serrano, Rita Chaves e Adelto Gonçalves.
Aline veste: Kailash e Neon