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Milhares fazem marcha pacífica em Pittsburgh contra G20

Para centenas de manifestantes concentrados em Pittsburgh, os líderes mundiais não aprenderam a lição da crise econômica. Em uma manifestação levada às ruas nesta sexta-feira (25), os militantes anti-globalização entoaram palavras de ordem contra o capitalismo. A marcha teria reunido mais de 4 mil pessoas em alguns momentos, segundo a polícia local. A mída americana afirmou que as manifestações reuniram mais de 10 mil pessoas.

A manifestação, chamada de Marcha Popular e convocada pela The Thomas Merton Center, uma organização pela paz da cidade de Pittsburgh, aconteceu um dia depois que a policia prendeu 66 pessoas, após dissolver por meio da violência diversos protestos contra a reunião do Grupo dos 20 países mais ricos deflagrados na cidade.

Um grupo denominado Estudantes pela Justiça na Palestina se reuniu na avenida Forbes, no centro da cidade, e fez manifestações pelo fim da ocupação israelense da Palestina.

Cinco pessoas foram feridas nos protestos de quinta-feira, que foram dissolvidos com violência pela polícia.

"Precisamos mostrar ao mundo que o G20 não é bem-vindo a Pittsburgh", disse Pete Shell, diretor do comitê anti-bélico do Centro Merton, no topo da escadaria da prefeitura local, a algumas quadras do centro de convenções que abriga a reunião do grupo das 20 nações mais ricas do mundo.

"A cidade estendeu o tapete vermelho para eles" disse Shell, "mas nos precisamos mostrar a eles que são vocês que merecem as boas vindas". Nathan Smith, ouvindo o discurso de Shell a alguns metros, contou ao The New York Times que dirigiu por três horas para estar presente ao ato.

"Nós precisamos de bons empregos e de um bom sistema de saúde e o G20 não está aqui para nos ajudar a conquistar isso", lastimou Smith, que levava um cartaz em que se podia ler "O Capitalismo Mata". "As políticas do G20 estão acabando com os empregos e com o sistema de saúde", agregou.

Uma líder local de uma organização anti-bélica feminina chamada Code Pink leu uma carta, na escadaria da prefeitura, a favor de Anne O'Neil, uma diplomata dos Estados Unidos que deixou seu posto em protesto pela contínua presença americana no Oriente Médio.

A carta exigia a retirada das tropas americanas do Afeganistão, do Iraque e a retirada dos ocupantes israelenses da Faixa de Gaza.

O ponto de parada nas escadarias da prefeitura foi o lugar mais próximo da sede do encontro do G20 que a polícia permitiu chegar. Depois de mais de uma hora de discursos, a marcha prosseguiu seu curso.

Cory Perrotte, 20, estudante da Duquesne University, foi otimista sobre as possibilidades dos líderes mundiais darem algum ouvido aos protestos das ruas. "Eles ouvirão esses protestos de alguma forma", afirmou. "Mas, não necessariamente, farão alguma coisa a respeito".

Da redação, com agências