Lula vira "o cara" para a candidatura carioca contra Chicago

O anúncio da viagem do presidente dos Estados Unidos à Dinamarca na segunda-feira (28) colocou em alerta a candidatura Rio-2016. E nesta terça (29) o presidente Lula se tornou a maior arma dos delegados do Rio de Janeiro, agora já em briga aberta com Chicago pela Olimpíada, que ainda tem Madri e Tóquio na disputa.

Nesta terça-feira (2), a assessoria da Presidência da República destacou que Lula está há dois anos promovendo o Rio de Janeiro como sede olímpica para 2016. Foram seis viagens internacionais em que divulgou a candidatura, três delas "pontuais": na apresentação da candidatura carioca na Olimpíada de Pequim-2008, na visita aos locais de competição que estão sendo construídos em Londres (para a Olimpíada-2012) depois de reunião do G-20 em abril, e nesse mesmo mês no Rio de Janeiro, quando a cidade recebeu a visita da comissão de avaliação do COI.

Em Copenhague, Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e também da Rio-2016, confirmou que o presidente Lula é a grande arma da candidatura carioca, como "presidente do Brasil mais popular de todos os tempos".

"Do nosso presidente eu posso falar: sua viagem estava prevista há muito tempo. Durante estes últimos anos, ele fez uma grande campanha pela candidatura: foi a Pequim e a Londres, trocou opiniões (com os comitês organizadores dos Jogos de 2008 e 2012) e nos propôs muitas coisas. Reuniu-se duas vezes com a comissão de avaliação do COI, deu o apoio de todo o governo brasileiro e todas as garantias financeiras. Estamos orgulhosos de ter um presidente trabalhando nesse nível conosco".

Foi o governador carioca Sérgio Cabral que anunciou, há mais de um mês, que o presidente Lula iria à eleição da cidade-sede de 2016. Ele disse também que a presença do presidente seria importante em um momento de grande afirmação internacional do Brasil, além de demonstração de compromisso com a candidatura. "Temos um presidente que é uma grande ponte entre os hemisférios norte e sul, e que se envolveu de corpo e alma neste projeto".

Em Copenhague, acrescentou, "estarão o rei Juan Carlos e o primeiro-ministro japonês (Yukio Hatoyama), além do presidente dos Estados Unidos, a quem respeitamos muito", ressaltou o governador, mas rechaçando o "efeito Obama" em Copenhague. "Mas estamos absolutamente tranquilos, porque o espírito do presidente Obama nos dá uma oportunidade para mostrar ao mundo que podemos ser a primeira cidade da América do Sul a organizar um evento olímpico".

Fonte: R7