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Pelé emociona crianças de projetos sociais de Copenhague

O Rei do Futebol emocionou Copenhague nesta terça-feira (29). Na capital dinamarquesa como Embaixador da candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, Pelé visitou dois projetos sociais que utilizam o esporte como forma de inserção social. E fez a festa de centenas de jovens da cidade.

A primeira parada foi na sede do “Get 2 Sport”, que há quatro anos incentiva a prática de esportes entre jovens de famílias carentes. Pelé participou do treino de futebol das crianças, doou 60 bolas para o projeto e, de quebra, conquistou centenas de novos torcedores para a campanha Rio 2016. “Estou muito feliz e emocionado por visitar um lugar como este. O esporte forma a maior família do mundo.

O Rio de Janeiro quer receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e conto com a torcida de todos”, discursou Pelé, que teve seu nome gritado sem parar pelas quase 300 crianças, muitas delas filhas de imigrantes de vários países que acompanharam a visita.

Um dos mais empolgados era Chirine Lamti, de 15 anos, que além do autógrafo e da bola de futebol, ganhou um abraço de Pelé. “Fiquei muito feliz e achei o Pelé simpático. Estou treinando muito para ser um grande jogador de futebol como ele”, disse o menino, exibindo o autógrafo para os amigos.

Na sequência, o ex-jogador mostrou seu talento como treinador e comandou uma das equipes do projeto "Street Football", em um jogo exibição que movimentou a quadra simples de cimento de um bairro popular de Copenhague. O projeto, que tem chancela da Unesco, reúne jovens de 13 a 16 anos da região para jogos de futebol sem competição, com espaço para malabarismos e jogadas de efeito.

“É uma felicidade participar deste evento. Lembro de quando era pequeno, em Bauru, e vibrava com a oportunidade de estar ao lado de bons jogadores. Sonhava ser como eles e hoje esses jovens podem sonhar em ser ainda melhores que o Pelé”, disse o ex-jogador, emocionando alguns dos jovens presentes.

Votos latino-americanos

Peru, Uruguai e Colômbia são os países da América do Sul com representantes no colégio eleitoral que decidirá a sede dos Jogos de 2016 entre Rio, Chicago, Madri e Tóquio. O Brasil tem dois representantes, mas estão impedidos de votar por razões óbvias.

O que o Brasil está fazendo é algo fantástico para a América do Sul. Obviamente tem todo o apoio de Chile – disse Neven Ilic, presi dente do Comitê Olímpico Chileno, cujo apoio, no entanto, não vai reverter em votos.

Para a presidente do Comitê Olímpico Argentino, Alicia Morea, cujo país também não tem representação no COI, a falta de eleitores sul-americanos pode ser compensada pela presença em Copenhague do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que os chefes de Estado vêm tendo papel cada vez mais importantes nas votações olímpicas.

"A presença de um presidente é algo que marca muito uma votação", disse.

"Quando Sótchi foi eleita (sede dos Jogos de Inverno de 2014), antes da votação já se sabia que eles iam ganhar pela presença de (Vladimir) Putin, estavam todos hipnotizados. Lula tem muita força, é muito considerado", afirmou.

Para o peruano José Quiñones, presidente do Comitê Olímpico do Peru, e com direito a voto, "é um prazer que um país sul-americano esteja num nível igual ou superior a outros países já com tradição de ter feito Jogos Olímpicos, como Estados Unidos, Japão e Espanha.

"Desejamos o melhor ao Brasil e ao Rio, e esperamos que o Comitê Olímpico Internacional, através de seus membros, valorize o esforço e seriedade da proposta do Rio" desejou Quiñones.

O Rio de Janeiro poderá somar mais cinco votos na América Latina: dois de Cuba, e um de cada em Panamá, Guatemala e Porto Rico. De acordo com o presidente do Comitê Olímpico Cubano, José Ramon Fernández, a ilha aposta na candidatura brasileira para encerrar o monopólio dos países ricos na realização da Olimpíada.

Após recente visita de autoridades olímpicas brasileiras, Fernández expressou sua esperança de que o Brasil possa vencer a sede, "um privilégio até o momento das nações ricas e industrializadas”, de acordo com o jornal Granma, do Partido Comunista.

Da redação, com agências