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Movimento rechaça referendo que permitirá a reeleição de Uribe

Ante o avanço para o referendo que permitirá a reeleição do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o Movimento de Vítimas de Crimes de Estado – Movice exige que a Corte Constitucional realize uma revisão rigorosa da Constituição Política e encerre este projeto governamental. O Movimento também solicita que o presidente seja julgado por ter "usurpado" o poder no período de 2006 a 2010 e por querer cometer o mesmo ato novamente.

A situação desencadeou a inconformidade de muitos setores sociais e políticos, e não apenas dos opositores, mas também dos chamados "uribistas anti reeleicionistas", que compartilham com algumas decisões do Presidente mesmo sabendo que o referendo atenta contra a democracia e fomenta a corrupção.

Dia 29 de setembro, o Movice lançou um manifesto que fundamenta em cinco aspectos seu repúdio à aprovação do referendo. Em linhas gerais, o documento explana sobre o autoritarismo e a negação da democracia constitucional que representam a segunda reeleição. A atitude do presidente beneficia unicamente a ele, que poderá continuar a controlar os diversos poderes públicos e a nomear as mesmas pessoas expondo a população a um sistema ditatorial sem controle.

Segundo o manifesto do Movimento, Uribe deverá se utilizar de várias artimanhas para conseguir a aprovação da reeleição, entre elas introduzir um artigo para baixar o número de votos necessários para a aprovação do Referendo. Atualmente é preciso que entre 7,35 e 7,75 milhões de pessoas votem, no entanto, uma jogada jurídica do governo deverá baixar esse número para quatro ou cinco milhões. Outra estratégia será colocar no mesmo dia do referendo reeleicionista um referendo pelo direito da água e o que pede a pena de morte contra violadores promovendo assim um efeito de engano.

Fonte: Adital