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RS: sindicalista que faz oposição a Yeda diz ter sofrido atentado

A presidente do Cpers-Sindicato e representante do Fórum dos Servidores Estaduais, professora Rejane Oliveira, afirmou que sofreu um atentado na noite de quarta-feira. A sindicalista é uma das signatárias do pedido de impeachment da governadora, Yeda Crusius (PSDB), e fez a declaração durante reunião extraordinária da comissão especial de impeachment da Assembleia Legislativa do Estado.

"Os movimentos sociais são perseguidos. Ontem à noite, voltando de uma plenária em Novo Hamburgo, alguém tentou me laçar com uma borracha", disse Rejane. Ela afirmou que o responsável pelo atentado estaria em um carro branco sem placa. A reunião ocorreu com a presença de sete deputados da oposição. A comissão é presidida e relatada pela base aliada do governo.

"A tentativa era para laçar a minha cintura, mas não conseguiram. Laçou minha perna junto com minha pasta. A pasta acabou sendo arrastada alguns metros e ficou no chão. A sensação que eu tive era que minha perna estava sangrando, mas depois vi que isso não ocorreu", disse.
Rejane e o colega Claudio Augustin foram deixados por um carro do Cpers em frente à entidade na avenida Alberto Bins por volta das 22h30. Cada um foi buscar o seu carro, em estacionamentos diferentes, quando Rejane teria sido atacada pelo carona do carro na esquina com a rua Coronel Vicente. Augustin considerou o atentado como uma forma de intimidar a colega.

A presidente do sindicato disse que o caso a deixa preocupada. "A governadora vem fazendo mecanismos de repressão. Essa tentativa de intimidação política tem sido característica desse governo", afirmou.

A deputada Stela Farias (PT), que participou da reunião e é presidente da CPI da Corrupção (que também apura supostas irregularidades no governo) afirmou que a tentativa de agressão física é inadmissível. Já o deputado Raul Pont (PT), que presidiu os trabalhos da comissão nesta manhã devido à ausência do presidente, Pedro Westphalen (PP), disse que era importante que Rejane tivesse a ocorrência para exigir uma ação da Secretaria de Segurança. Ele classificou o ato como "tentativa de atemorização", já que não teria havido intenção de roubar a sindicalista.

A assessoria da Secretaria de Segurança informou que o órgão não vai se manifestar.

Pont disse aos sindicalistas presentes na reunião para terem cuidados redobrados e não andarem sozinhos. A presidente do Cpers afirmou que irá registrar o caso nesta tarde no Palácio da Polícia e solicitar o exame de corpo de delito.

Fonte: Terra