Estella confirma pressão para realizar pagamentos

O depoimento da ex-presidente do Detran, Estella Maris Simon, o primeiro desde que começou a CPI da Corrupção há pouco mais de um mês, trouxe poucas novidades. A delegada negou que tenha sido pressionada pela governadora para pagar a dívida de R$ 16 milhões cobrada pela empresa Atento.

Revelou também que teve apoio de Yeda Crusius quando lhe informou da possibilidade da dívida ser cobrada por via judicial. "Não se paga nada. Deixa a Justiça resolver", teria dito a governadora. Mas admitiu, no depoimento de mais de cinco horas, que houve interferência de dois secretários, o da Transparência, José Otaviano Brenner de Moraes, e da Administração, Elói Guimarães. Os dois estariam fazendo negociação paralela com a Atento o que seria relatado em seu e-mail de demissão à governadora.

Ela admitiu o recebimento de torpedo do secretário de Transparência à época, José Otaviano Brenner de Morais, informando que esperava que ela revogasse a decisão de suspender o contrato com a Atento e retomasse as atividades com a empresa. Também confirmou que o mesmo secretário chegou a lhe sugerir que pagasse, a título de antecipação, entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões da dívida para que entrasse em acordo com a Atento. Otaviano teria sido também o responsável por comunicar à Estella que a Atento voltaria a prestar os serviços, em telefonema que precedeu a decisão da ex-presidente de deixar o cargo.

Fonte: C Povo Net