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Estudantes argentinos atiram laranja na embaixadora dos EUA

Nâo foi uma sapatada, como na célebre coletiva do ex-presidente George W. Bush em Bagdá, mas o projétil foi igualmente contundente. A embaixadora dos Estados Unidos na Argentina, Vilma Martínez, iniciava uma palestra numa universidade de Mendoza nesta quinta-feira quando uma laranja voou do auditório em sua direção.


O 'laranjaço' – como foi descrito nos sites argentinos – não atingiu o alvo e terminou se estatelando de encontro a uma parede. Mas serviu para marcar o repúdio de um grupo de estudantes e militantes de esquerda, que puseram a embaixadora em fuga com seus cânticos, gritos e bandeiras.

A crise de Honduras, onde a ação dos EUA é cheia de ambiguidades, foi um dos motivos do protesto. Também pesaram as guerras do Iraque e Afeganistão, assim como o conflito trabalhista em Buenos Aires, opondo os operários à multinacional americana Kraft.

Vilma Martínez ia falar sobre "Olhando o futuro, relações argentino-americanas na administração Obama", no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Cuyo, na região andina do país. O protesto, porém, desencorajou a palestrante.

A exposição terminou acontecendo, mas a portas fechadas, na sala do Conselho Acadêmico da faculdade. E o público ficou restrito a 30 pessoas – professores universitários e alunos americanos presentes em Mendoza (110 mil habitantes na cidade e 800 mil na região metropolitana).

"Nossas relações são excelentes", asseverou a embaixadora, destacando que no ano que vem o vínculo diplomático entre os dois países vai completar dois séculos. Ela assumiu recentemente o posto, e esta foi sua primeira viagem pelo interior da Argentina, e deixou a faculdade sem responder às perguntas dos jornalistas. A avaliação é controvertida, a julgar pela ação dos estudantes da cidade.

Da redação, com agências