Sem categoria

EUA e igreja pressionam por solução à crise de Honduras

Aumenta a cada dia a pressão por uma saída à crise de Honduras – até então inviabilizada pela intransigência do golpista Roberto Micheletti. Depois de a igreja católica, que a princípio chegou a apoiar o golpe, ter solicitado um fim ao impasse, nesta quinta (15), os Estados Unidos defenderam que as partes aproveitem os avanços nas negociações para chegarem logo ao consenso. "Esperamos que alcancem um acordo e que o alcancem em breve", disse o porta-voz Departamento de Estado, Robert Wood.

"Estamos animados pelo fato de que as duas partes continuem em meio a conversas sérias e construtivas. Esta é uma grande oportunidade para Honduras", assinalou ele, durante entrevista coletiva em que lembrou que os dois lados chegaram ao consenso sobre a maioria dos pontos contemplados no Acordo de San José, promovido pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias.

Neste sentido, Wood encorajou o presidente de fato, Roberto Micheletti, e Zelaya a continuarem se esforçando para um fim pacífico. O porta-voz disse que Washington estaria disposto a dar conselhos e a ajudar as partes, se assim for preciso, embora tenha destacado que a Organização dos Estados Americanos (OEA) lidera o esforço nesta fase do diálogo.

"As duas partes estão tratando de solucionar e isso é positivo, estão avançando. Está próximo o fechamento de um acordo. Estamos apenas tentamos encorajá-los a tomar as difíceis decisões para concluí-lo", reiterou Wood. "Deixemos que fechem este acordo para que possamos dar um passo adiante", insistiu.

Igreja

A Conferência Episcopal de Honduras emitiu um comunicado estimulando o diálogo entre as parte envolvidas na crise, no qual clama por resultados positivos. No texto, a igreja indica que um acordo político não será a solução para os problemas de Honduras, mas defende que o consenso situaria o país em condições institucionais aptas para afrontar tais dificuldades.

"Experimentamos na própria carne, na igreja e na sociedade, os sofrimentos, divisões e violências que esta prolongada crise trouxe consigo (…) Pedimos aos diretamente emplicados no diálogo e a quem eles representam que ' superando as tendências particulares, cada um se esforce em buscar a verdade e perseguir com tenacidade o bem comum'", diz a mensagem.

O documento afirma ainda que Honduras não pode "continuar na incerteza, tensão pessoas e social e deterioração econômica" e defende que "é urgente uma solução justa, pacífica e acordada, que assegure a convivência pacífica e uma autêntica vida democrática".

Com agências