Prefeito de Aracaju destaca dois projetos para eleições de 2010
Em viagem à Brasília, esta semana, o prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PCdoB), falou sobre os preparativos para as eleições de 2010. Para ele, as eleições do próximo ano – para Presidente da República – é da maior importância, porque estará em jogo duas possibilidades. Ele afasta a possibilidade de uma terceira alternativa no Brasil, destacando que a peleja se dará entre o projeto encabeçado pelo Presidente Lula e o projeto neoliberal dos tucanos.
Publicado 15/10/2009 15:19 | Editado 04/03/2020 17:20
Edvaldo diz que já tem experiência em conciliar a administração pública com a campanha eleitoral, considerando que foi candidato a reeleição em 2008, tendo administrado a cidade e feito campanha simultaneamente. Sobre a gestão municipal, ele diz que não pretende deitar sobre os louros da avaliação positiva de sua administração.
“Se nós fizemos bastante e a cidade é bem avaliada, nós não devemos olhar para trás, temos que olhar para frente e construir o futuro e o futuro exige de nós a diminuição das desigualdades e uma cidade saudável. Esse é o nosso desafio”, afirma o prefeito da cidade que consegui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,77, o mais alto da região Nordeste. O índice medido pela Organização das Nações Unidas (ONU) determina o padrão de vida da população.
Encruzilhada histórica
Ele lembra as palavras de João Amazonas, que dizia que nós vivemos uma “encruzilhada histórica”, para destacar os dois projetos que concorrem as eleições do próximo ano: a continuidade do projeto iniciado com o Governo Lula ou a volta do governo dos tucanos.
Ao mesmo tempo, ele ressalta que o projeto político do Governo Lula nas eleições de 2010 não é uma mera continuidade, mas a necessidade de dar curso ao Projeto Nacional de Desenvolvimento proposto pelo PCdoB de aumento do desenvolvimento econômico, distribuição de renda e realização plena democracia.
Para ele, o candidato que materializa esse projeto é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Ele também defende a manutenção do núcleo de esquerda em torno dessa candidatura, que vem desde 1989, na primeira candidatura do Presidente Lula, formado pelo PT-PSB-PCdoB. “Esse núcleo deve continuar unido para fazer o salto e a melhoria que o Brasil necessita”, afirma.
A outra alternativa, segundo ele, “é a volta dos tucanos com seu esquema de privatização, ataque das conquistas sociais, desmonte do Estado brasileiro, que colocou o Brasil no passado em vulnerabildiade.”
Campanha local
A nível local, Edvaldo Nogueira prepara-se para trabalhar durante o dia – tocando as obras e serviços – e à noite fazer campanha eleitoral para reeleger Marcelo Déda, do PT, governador de Sergipe. “Nós vamos trabalhar para eleger Déda governador porque é uma necessidade do Estado que, nos últimos 40 anos, tem um governo democrático, com a coalizão de partidos – 12 a 13 partidos – e um núcleo de esquerda.
Segundo ele, o projeto de Déda tem inovado no que diz respeito a realização de obras e serviços que melhoram a vida das pessoas e que permite ampla participação da população, colocando Sergipe em outro patamar da história.
A última vez que Sergipe experimentou u governo democrático foi em 1961, com Seixas Dória, que foi cassado e preso pela ditadura militar. Ele e Miguel Arraes, governador de Pernambuco, foram os únicos governadores cassados em 1964.
Visível diferença
Para Edvaldo Nogueira, a população do Estado já consegue perceber a diferença da renovação política com os governos de esquerda – dele na Prefeitura e de Déda no Governo –, de realização de obras, ética na administração pública, cuidado com recursos públicos. Ele destaca que governo não é apenas discurso, é construir escolas, pontes e estradas, que melhoram a qualidade de vida da população. “(É) fazer com que sonhos e ideias que prometemos na campanha eleitoral se realizem.”
Ele diz ainda que tem os atuais governantes têm a seu favor na campanha eleitoral a maneira de fazer política, de ligação com a sociedade, contato com a população e planejamento participativo, além da coligação, que é ampla, nucleada pela esquerda.
Tudo isso, isolou as forças adversárias – liderado por João Alves, do DEM, ligado à ditadura, que foi governador por três vezes. “É uma liderança que deve ser respeitada”, diz o Prefeito de Aracaju, mas enfatiza que “a sociedade não quer mais a volta ao passado, do grupo liderado por ele (João Alves), que malversaram os recursos públicos, não ouviram a sociedade e não permitiram que o progresso chegasse a Sergipe.”
De Brasília
Márcia Xavier