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Lula: "ociosidade" da oposição é uma "desgraça"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a oposição ao ser questionado por jornalistas sobre as acusações de que a viagem de três dias para inspecionar obras de revitalização e transposição do Rio São Francisco é eleitoreira. O roteiro de Lula e de sua comitiva pelos estados da Minas Gerais, Bahia e Pernambuco termina hoje (16).

"Pobre da oposição que não tem o que fazer. Acho que a ociosidade é a desgraça da humanidade. Em vez de olhar o que eu estou fazendo, deveriam olhar o que eles estão fazendo", disse, ao falar com jornalistas em Cabrobó (PE).

Ao ser questionado sobre as eleições de 2010, Lula disse que ainda é cedo para fazer qualquer avaliação sobre o panorama eleitoral. Sobre possíveis candidaturas da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à presidência, ele afirmou: "Acho que Dilma e Ciro são dois grandes companheiros, mas quem vai decidir o destino deles são os partidos". A ministra e o deputado acompanham Lula na viagem.

Pouco antes, em discurso para uma plateia de trabalhadores no canteiro de obras do projeto de transposição do Rio São Francisco, o presidente já havia rebatido críticas da oposição, embora sem citar nomes. Ele reclamou que muitos oposicionistas não deixam claro o que realmente desejam para o governo. "A oposição é como jogador que está num banco de reservas. Diz que é amigo de quem está jogando, mas está torcendo para o outro se machucar ou tomar cartão vermelho para tomar o lugar dele. O papel da oposição é ver defeito", disse.

Ainda na entrevista, disse que não cometeu ato falho ao dizer que participava de comícios no sertão pernambucano. "Qual é a diferença entre ato de inauguração e falar com trabalhadores? Qual a diferença de comício? Acho que não cometi ato falho". Minutos depois, repetiu: "Eu não cometi ato falho".

Efeito da mudança

No último dia da viagem para vistoria às obras do São Francisco, o presidente afirmou que as pessoas irão reconhecer a importância da obra apenas quando ela estiver pronta e a população sentir o efeito da mudança.

“Não estamos tirando água de ninguém, não era justo a gente deixar essa quantidade imensa de água ir para o mar e não tirar um pouquinho dela para levar ao semiárido para 12 milhões de nordestinos que vivem em uma situação extremamente difícil”, disse ao defender o projeto.

Lula lembrou que evitou fazer promessas sobre a integração do Rio São Francisco antes de se eleger. Ele reafirmou que candidatos “duas caras” diziam ser contra ou a favor das obras de acordo com a posição dos governos dos estados por onde o rio passa.

Pela manhã, o presidente participou de encontro com trabalhadores do eixo norte, um dos dois canais que estão sendo construídos para integrar o rio às bacias do Nordeste Setentrional.

Esse eixo vai atender os estados de Pernambuco, da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte e já teve 13,7% da obra executados, de acordo com informação do Ministério da Integração Nacional.

Da redação,
com agências