Rio debate desenvolvimento da cidade com a descoberta do pré-sal

Os efeitos da descoberta de petróleo na camada do pré-sal para o desenvolvimento do município do Rio foi o tema da audiência promovida pela Comissão Especial da Câmara do Rio, no dia 16, que tem como presidente o vereador Roberto Monteiro (PCdoB).

Câmara do Rio debate pré-sal

O evento contou com a participação do presidente da BR Distribuidora, José Lima Neto, do presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Fernando Siqueira, e da vereadora Clarissa Garotinho (PMDB), que é relatora da Comissão.

Segundo Roberto Monteiro, as novas descobertas da camada de pré-sal vão trazer grandes recursos para a cidade e, por isso, a Câmara de Vereadores deve debater mais profundamente o assunto, já anunciando que novas audiências serão realizadas sobre o tema.

Para o presidente da BR Distribuidora, os dados divulgados apontam para uma nova fase de desenvolvimento econômico do país.

”Teremos potencial para sermos um país com grandes reservas de petróleo. Deixaremos de importar e passaremos a exportar. Temos que mudar a forma de pensar, não seremos apenas consumidores, seremos também vendedores de energia”, disse José Neto, acrescentando ainda que a principal mudança proposta pelo governo federal na política de exploração de petróleo é o contrato de partilha de produção.

Segundo o presidente da BR, o Brasil tem uma reserva de 14 milhões de barris. Com a descoberta da camada de pré-sal, a reserva nacional deverá dobrar para 28 mil barris de petróleo. Um representante da Secretaria de Fazenda do município do Rio, presente na audiência, informou que a cidade recebeu, em 2008, 150 milhões em royalties do petróleo, montante que deve crescer com o pré-sal.

Já o presidente da Aepet, Fernando Siqueira, além de parabenizar o vereador pela iniciativa, lembrou que o petróleo serve de matéria-prima para mais de três mil produtos. Para ele, é preciso que a União tenha o controle sobre o petróleo, lembrando que 77% das reservas internacionais estão nas mãos de empresas estatais. Disse ainda que o projeto do governo federal é fundamental para garantir o controle sobre o pré-sal.

Fernando Siqueira esclareceu ainda que a chamada camada de pré-sal é uma faixa de 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo situada a 7 mil metros abaixo da superfície do mar.