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Tamanho das bancadas do Parlasul será decidido em dezembro

O vice-presidente do Parlamento do Mercosul, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), informou na tarde desta terça-feira (20), em Montevidéu, no Uruguai, que o tamanho das bancadas do parlamento deverão ser decididas na sessão a ser realizada entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro no Brasil. "Os resultados poderão ser levados ao plenário se as negociações forem concluídas até dia 18 de novembro pela mesa diretora do Parlasul", afirmou.

Mercadante explicou que assim que o tamanho das bancadas for estabelecido, cada país poderá eleger diretamente seus representantes. "Entendo que o Parlasul só será pleno quando o cidadão de cada país puder dar seu voto, considerando a representação proporcional", explicou.

Em acordo firmado em Assunção, capital paraguaia, há três meses, o número de parlamentares foi definido da seguinte maneira: o Paraguai terá 18 vagas; o Uruguai também terá 18; a Argentina terá 43 e o Brasil terá 75 representantes. Porém, na primeira etapa para consolidar o Parlasul, o Brasil e a Argentina terão a metade dessa representação, enquanto o número de vagas do Paraguai e do Uruguai será mantido.

Segundo Mercadante, se o princípio da proporcionalidade fosse seguido à risca, o Brasil teria direito a 75% da representação. Mas isto, disse o senador, retiraria o caráter de o parlamento se tornar uma instituição supranacional.

O senador observou que a Argentina e o Paraguai apresentaram restrições ao parâmetro de proporcionalidade estabelecido para a primeira etapa, mas os parlamentares desses países propuseram fazer nova discussão sobre os critérios de maioria qualificada utilizados na votação de questões mais importantes.

Para a Argentina, disse Mercadante, o quórum poderá ser definido conforme a natureza da matéria a ser votada. O Paraguai, por sua vez, defende um quórum mais rígido. "Mas esta hipótese poderá engessar o Parlamento do Mercosul", salientou.

O parlamentar brasileiro acredita que a proposta da Argentina é a que deverá ser adotada, pois permite que os países não se sintam prejudicados em votações de interesse nacional.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado
Com Agência Senado