Fundação Ceperj recebe delegação chinesa para intercâmbio

No dia 23, o presidente da Fundação Ceperj – Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro, Jorge Barreto, recebeu uma delegação de seis funcionários chineses para troca de informações e intercâmbio de experiências na área de processos seletivos.

Os chineses estavam interessados em todos os detalhes, desde o sigilo até o número de vagas para portadores de necessidades especiais. Ao responder a todas as perguntas, Jorge Barreto explicou que a realização de concurso público é fundamental para promover direitos iguais a todos os brasileiros e, como consequência, o fortalecimento do Estado, que prioriza a contratação do funcionário, garantindo a permanência do servidor por até 30 anos, como determina a Constituição Federal de 1988. Ele também disse que na gestão do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva aumentaram os concursos públicos:

“Não é um processo fácil. Alguns alegam que aumentam os gastos públicos. Mas hoje há a convicção de se criar mais concursos nas áreas federal, estadual e municipal”, afirmou Jorge Barreto.

Ele falou sobre a legislação que determina a reserva de entre 5% e 10% das vagas para portadores de necessidades especiais, lembrou que, no Brasil, movimentos organizados trabalham intensamente para um melhor tratamento aos deficientes e que, no Legislativo federal, estadual e municipal, parlamentares eleitos abraçam a bandeira dos portadores de deficiência.

Jorge Barreto ouviu dos chineses que as empresas públicas daquele país destinam 2% das vagas para deficientes. Aquelas que não cumprem a cota são obrigadas a repassar, em dinheiro, a verba equivalente para entidades que cuidam dos portadores de necessidades.

Sobre a avaliação dos funcionários recém concursados, Jorge Barreto informou que o Banco Mundial financia o governo do Estado do Rio de Janeiro nesse processo. Na China, após a realização do concurso, existem duas maneiras para se avaliar a capacitação dos novos funcionários: pelo chefe do setor e por colegas de trabalho. No Brasil, é o chefe que avalia a capacidade do servidor. De acordo com a delegação chinesa, a avaliação tem quatro categorias: excelente, bom, médio e ruim. Quem é considerado ruim tem demissão imediata. E aquele que receber três vezes o nível médio, também pode ser exonerado.